Infocafé – 20/10

N.Y. finalizou a terça-feira em baixa, a posição dezembro oscilou entre a máxima de +1,20 pontos e mínima de -2,05 fechando com -1,15 pts.

A moeda norte-americana subiu 0,22%, vendida a R$ 5,6122. No cenário local, incertezas crescentes sobre como o governo financiaria seu programa de auxílio econômico sem furar o teto de gastos, aprofundadas pelo atraso das reformas em meio à pandemia, também seguem no radar dos investidores. “Estamos numa linha tênue em que, se não houver evolução na equação falta de recursos e necessidade de manter os programas assistenciais (do governo), o quadro fiscal que já é altamente preocupante pode induzir postura defensiva mais agressiva por parte dos investidores, e então o preço da moeda americana, ainda que não haja fluxo cambial de saída de recursos do país, (pode) galgar patamar mais elevado”, disse em nota Sidnei Moura Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora.

A análise feita por Paulo Sentelhas, CTO da Agrymet e professor da Esalq/USP, mostra ainda que as chuvas levaram alívio apenas para o produtor de café da região central de Minas Gerais, e com exceção do sul do Paraná, as demais regiões do sul continuam enfrentando problemas com intenso déficit hídrico. O especialista explica que para ter uma boa condição de plantio, é necessário que o solo tenha pelo menos 60% de água disponível. Com base nesses números, os mapas da Agrymet mostram condições de plantio para o noroeste do Mato Grosso, onde o acumulado já está acima de 80%. No centro do Mato Grosso do Sul a disponibilidade de água, até segunda-feira (19), era de 60%. No leste do Goiás, os números também ficam entre 60 e 80 %, mesma condição observada no sul de São Paulo. Já no sul do Paraná, os volumes indicam 60% de armazenamento. Para as demais regiões, os volumes não ultrapassam os 20%. “Nós recomendamos o plantio quando há pelo menos 60% de de armazenamento. Menos que isso o produtor corre um grande risco de precisar fazer o replantio. Quando os volumes estão entre 40 e 60%, o produtor só deve fazer o plantio se tiver a certeza de novas chuvas”, afirma o especialista. Os modelos meteorológicos, segundo Sentelhas, continuam indicando o retorno de chuvas mais regulares entre a última semana de outubro e primeira semana de novembro. “Temos a perspectiva de novas chuvas no final deste mês. As perspectivas são boas, mas apenas para o Brasil Central”, comenta. Paulo destaca ainda que as chuvas previstas precisam se confirmar para não prejudicar a janela do milho safrinha em todo o Centro-Oeste.

Fonte: Mellão Martini