Infocafé – 21/09

A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira com leve alta, a posição dezembro oscilou entre a mínima de -1,45 pontos e máxima de +1,00 fechando com +0,15 acumulando na semana +0,20 pts.

O dólar comercial fechou em queda de 0,59%, cotado a R$ 4,0480. Na semana, o dólar acumulou desvalorização de 2,86%, interrompendo uma sequência de duas semanas de alta. As incertezas em relação ao resultado das eleições presidenciais vinham contribuindo para a alta do dólar nas últimas semanas. Mas, nesta sexta, o cenário internacional exerceu influência no sentido oposto, levando a moeda a operar em queda, segundo disse o analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos, à agência de notícias Reuters. “Apesar de ganhos mais contidos nesta sessão, as Bolsas nos EUA estão em máximas históricas, as commodities (matérias-primas) estão em alta”, afirmou. Para o analista, parte do otimismo do mercado se deve a certo alívio acerca das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 7,63 bilhões do total de US$ 9,801 bilhões que vencem em outubro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

A World Coffee Research, organização sem fins lucrativos de pesquisa e desenvolvimento da indústria global do café, acaba de colocar à disposição do público a sequência do genoma da cultura (Coffea arabica) em seu website. O estudo foi inicialmente coordenado pelo professor Giorgio Graziosi, da DNA Analytica Srl. A divulgação dos resultados, no entanto, só foi possível por causa de uma parceria liderada pela illycaffè e pela Lavazza, junto com o Istituto di Genomica Applicata, o IGA Technology Services, a DNA Analytica e as Universidades de Trieste, Udine, Padova e Verona, por meio da World Coffee Research acessem http://worldcoffeeresearch.org/work/coffea-arabica-genome/ . Conforme comunicado da illycaffè, anualmente, a indústria cafeeira gera uma receita de cerca de US$ 160 bilhões e emprega perto de 25 milhões de famílias de agricultores em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC). Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), “o sequenciamento do genoma tem o poder de revolucionar a segurança alimentar e a agricultura sustentável”. O acesso ao genoma do café arábica permite que os produtores de café acelerem os esforços para aumentar a produtividade, qualidade e lucratividade do café em todo o mundo, diz a FAO. O CEO e fundador da World Coffee Research, Tim Schilling, comentou que “o avanço da pesquisa genética é essencial para o futuro do café como uma cultura sustentável e para explorar a incrível diversidade de sabores encontrados no café”. Fonte: Estadão Conteúdo via Istoé.

Técnicos agrícolas de nove países da América Latina realizaram visita, nos dias 11/9 e 12/9, às dependências da Agência de Inovação do Café (InovaCafé) da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Os visitantes, vindos de países como Bolívia, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, México, Nicarágua e Peru, são membros de 15 cooperativas de pequenos produtores de cafés de regiões de montanha. A vinda fez parte de circuito promovido pela Coordenadora Latino-Americana e do Caribe de Pequenos Produtores e Trabalhadores do Comércio Justo (Clac) e envolveu somente produtores com certificação Fairtrade (Comércio Justo).   Ao longo de dois dias, os técnicos – acompanhados do coordenador de Produção e Mercado de Café da Clac/Fairtrade, João Carlos Schmölz de Mattos, e da gestora de Fortalecimento e Desenvolvimento da Clac no Brasil, Paola Silva Figueiredo – tiveram acesso a informações, tecnologias e inovações sobre toda a cadeia produtiva do café e, principalmente, ligadas à mão de obra e à mecanização.   Segundo relatos, a falta de mão de obra para a cafeicultura é um dos principais problemas enfrentados por grande parte dos países produtores.A visita foi motivada pelo reconhecimento da UFLA, nacional e internacionalmente, como geradora de conhecimentos na área, fruto do trabalho de 140 pesquisadores.   No primeiro dia, a comitiva foi recepcionada pelo coordenador da InovaCafé, Luiz Gonzaga de Castro Júnior, pelo chefe do Departamento de Agricultura (DAG), Rubens José Guimarães, pela pós-doutoranda Dalyse Toledo Castanheira e pelo pesquisador do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) e coordenador do projeto Campo Futuro na UFLA, Heitor Parreiras.   Após as boas-vindas, foi realizada prova de xícaras com cafés de experimento de fermentação, atividade coordenada pelo professor do DAG Virgílio Anastácio Silva, além de passeio por toda a estrutura do complexo InovaCafé. Na sequência, houve apresentação de Guimarães sobre o manejo da lavoura cafeeira. As atividades tiveram continuidade com visita à vitrine de cultivares do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT do Café), acompanhada do coordenador do órgão, professor Mário Lúcio Vilela de Resende.   No período da tarde, os produtores assistiram à palestra “Custos de produção e características produtivas da cafeicultura de montanha no Brasil”, proferida por Heitor Parreiras, além de visitarem os experimentos “Otimização de Água na Cafeicultura” e “Plantas de Cobertura”, ambos realizados pelo Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf/UFLA). Já o segundo dia foi dedicado às palestras “Colheita, Pós-Colheita e Qualidade”, comandada por Virgílio Anastácio, e “Colheita Seletiva e Mecanização”, conduzida pelo professor do Departamento de Engenharia (DEG), Fábio Moreira.

Fonte: Mellão Martini