Infocafé – 29/10

N.Y. finalizou a quinta-feira em baixa, a posição dezembro oscilou entre a máxima de +0,20 pontos e mínima de -2,05 fechando com -0,40 pts.

O dólar perdeu força à tarde e fechou com avanço de 0,11%, cotado a R$ 5,7661. Na agenda de indicadores, a inflação calculada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) perdeu força em outubro, apesar dos preços dos alimentos continuarem em alta. O indicador, que é usado para corrigir a maioria dos contratos de aluguel residencial, ficou em 3,23% este mês, depois de atingir 4,34% em setembro. Em 12 meses, o IGP-M acumula alta de 20,93%, e no ano, de 18,10%. Já o índice de confiança do setor de serviços caiu em outubro após cinco altas seguidas, segundo a FGV. Na véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 2% ao ano. No comunicado da reunião, o Copom afirmou que, apesar dessa pressão inflacionária, foi mantido o diagnóstico de que o choque é temporário. A alta dos preços, segundo o comitê, segue compatível com o cumprimento da meta no “horizonte relevante para a política monetária”. “Temos um cenário que sugere que o Banco Central não se precipitará para elevar a taxa de juros neste momento caso o arcabouço fiscal atual seja mantido”, avaliou Felipe Sichel, estrategista-chefe do banco digital Modalmais. O Itaú avalia que a Selic permanecerá inalterada até perto do final de 2021, quando seria elevada para 3%. “Mas o risco, na ausência de uma solução satisfatória para o dilema fiscal do Brasil, é de uma alta antecipada”, observou em relatório. Segundo o Valor Online, a decisão do Copom resultava em maior inclinação à curva de juros, com queda das taxas de curto prazo e alta firme nos trechos mais longos. Por volta de 9h40, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 recuava de 3,51% no ajuste anterior para 3,47%; a do DI para janeiro de 2023 caía de 5,03% para 5,01%; a do contrato para janeiro de 2025 subia de 6,70% para 6,74%; e a do DI para janeiro de 2027 avançava de 7,47% para 7,52%. Preocupações ampliadas com a situação fiscal do país e sustentabilidade das contas públicas, além da capacidade do governo de avançar numa agenda de reformas, têm dominando as atenções dos investidores, sendo apontadas como os principais fatores de pressão sobre o real. A taxa de juros em mínimas históricas também faz com que o Brasil se torne menos atrativo para investidores internacionais, em razão do diferencial de juros na comparação com outras economias, reduzindo o fluxo de dólares para aplicações financeiras no país, o que também contribui para um patamar de câmbio mais alto.

Fonte: Mellão Martini