Infocafé de 03/03/20

A bolsa de N.Y. finalizou a terça-feira com forte, a posição maio atingiu a máxima de +6,85 pontos fechando com +6,60 pts.

A moeda norte-americana foi cotado a R$ 4,5109, em alta de 0,56%. Em decisão extraordinária, o Banco Central dos Estados Unidos cortou em 0,5 ponto percentual a taxa de juros do país, estabelecida entre 1% e 1,25%, em resposta aos possíveis impactos do coronavírus na economia do país. A redução dos juros aumentou a preocupação entre os investidores de que o impacto do coronavírus nas economias norte-americana e global pode ser maior que o temido, destacou a Reuters. Mais cedo, ministros de finanças e presidentes de Bancos Centrais dos países do G7, emitiram um comunicado em que apontavam que usarão todas as ferramentas para alcançar um crescimento forte e sustentável e se proteger contra os riscos negativos do coronavírus em rápida expansão.

Após passar por um período de preços abaixo do que é esperado, produtores de café começam a enxergar um cenário mais positivos, com altas expressivas na Bolsa de Nova York (ICE Future US) sendo registradas desde a semana passada. Segundo Lúcio Dias, Superintendente Superintendente Comercial da Cooxupé, além de fatores técnicos a falta de café no mercado ajudam para que os preços voltem a subir no exterior.

Durante a Femagri, no mês passado, Lúcio já havia mencionado que não havia mais café para embarque. Explicou ainda porque hoje o café na Bolsa de Nova York é o mais barato no mercado e como os fundamentos técnicos e uma série de fatores podem influenciar nos preços durante os próximos dias. Os preços voltaram a subir no exterior após dados da Organização Interncional de Café (OIC) apontarem  na segunda-feira que as exportações mundiais de café 2019/20 durante outubro-janeiro caíram -5,8% – para 39.527 milhões de sacas, também sinalizando a falta de café no mercado.

“Uma falta de café muito grande no mercado e o café mais barato do mundo hoje é em Nova York e tudo isso faz com o que o mercado suba”, afirma Lúcio Dias. Para os próximos dias, a tendência é que o cenário de oferta e demanda continue apertado. De acordo com o especialista, a Cooxupé não tem mais café para negociação e a expectativa agora é com a entrada da nova safra, que deve iniciar a colheita entre abril e maio. Destaca ainda que as chuvas dos últimos dias em Minas Gerais foram positivas para o desenvolvimento da lavoura, frisando que o Brasil deve produzir uma boa safra também de cafés de qualidade.

Fonte: Mellão Martini

Crédito: DP Pixabay