Infocafé: O dólar fechou em queda de 1,09%

N.Y. a posição maio oscilou entre a mínima de -3,10 pontos e a máxima de +3,35 fechando em +1,25.

O dólar fechou em queda de 1,09% cotado a R$ 5,0511, nesta terça-feira (23). Nesta sessão, as atenções internacionais foram voltadas para os temores de um conflito na Europa e para perspectivas de duras sanções internacionais contra a Rússia, após o presidente Vladimir Putin reconhecer duas regiões separatistas da Ucrânia como independentes e enviar tropas de apoio. Os Estados Unidos e seus aliados europeus sinalizaram estar prontos para anunciar novas sanções contra a Rússia nesta terça-feira, depois que o presidente Vladimir Putin reconheceu duas regiões independentes no leste da Ucrânia e ordenou a ida de tropas para essa área, ampliando os temores do Ocidente sobre uma nova guerra na Europa. A perspectiva de sanções duras aumentou os temores de um impacto no fornecimento de bens como petróleo, trigo e níquel. O preço do petróleo, que subiu mais de 20% este ano devido à demanda crescente. O mercado financeiro elevou pela sexta semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,50% para 5,56%, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda. Para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida a expectativa de 12,25% ao ano para o fim de 2022. O mercado financeiro manteve também a previsão de crescimento do PIB deste ano em 0,30%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 recuou de R$ 5,58 para R$ 5,50. Para o fim de 2023, caiu de R$ 5,45 para R$ 5,36 por dólar.

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta terça-feira (22) com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O dia foi marcado pelo avanço das commodities agrícolas, respondendo à queda do dólar. Mais uma vez, a análise do site internacional Barchart destacou que a preocupação com a oferta global do grão segue dando suporte para os preços no exterior. Na semana passada, as cotações registraram forte recuo e neste primeiro pregão da semana, o dia foi marcado por leve recuperação nas cotações. “Os dados semanais do COT da última sexta-feira mostraram que os gestores de fundos aumentaram suas posições líquidas de café arábica em 2.882 na semana encerrada em 18 de fevereiro para um recorde de 60.133 (dados de 2006), o que aumenta a ameaça de pressão de liquidação longa”, acrescenta a publicação. O dia também foi marcado pelo recuo do dólar ante ao real. A moeda fechou a terça-feira com baixa de 1,08%, negociado por R$ 5,05 na venda. “O dólar começou a semana em queda e no menor patamar em quase sete meses frente ao real, com a moeda brasileira ostentando o melhor desempenho global nesta segunda-feira, beneficiada pela contínua rotação de fluxos em prol de mercados de juros mais altos –caso do Brasil–, num movimento aparentemente inabalado pela crise geopolítica que envolve a Rússia”, destacou a análise da agência Reuters. No Brasil, o mercado físico teve um dia marcado por leves quedas nas principais praças de comercialização do país.

Fonte: Infocafé