Julgamentos revelam excelência da genética de búfalos

Os anos de investimento no melhoramento genético dos rebanhos se revelaram na tarde desta quarta-feira, 30 de agosto, durante os julgamentos das duas raças de búfalos – Murrah e Mediterrâneo. Os 42 animais que desfilaram na pista da 46ª Expointer demonstraram os mais altos padrões esperados, provando que o aprimoramento racial é o caminho para garantir mais precocidade e produtividade, tanto em leite quanto em carne. O número de animais inscritos cresceu mais de 160% em relação à feira do ano passado, quando 16 búfalos competiram.

Proprietário do touro Lorde da Herdade, grande campeão entre os machos da raça Murrah, Guilherme Aidos, comemora o terceiro ano no pódio da Expointer. A genética de ponta que ele desenvolve na Cabanha Herdade, de Gravataí (RS), já está ajudando outros produtores a melhorar o apuro racial de seus rebanhos, com ganhos em precocidade e produção leiteira. “Começamos a investir em genética em 2011, trazendo matrizes de grande padrão racial. Hoje temos mais produtividade com um rebanho menor”, explica Aidos, que possui 55 animais com aptidão para carne e leite, sendo 20 matrizes. 

A grande campeã da raça, a búfala Celeste, foi adquirida pelo produtor Ricardo Pires, da Cabanha Pires, de Novo Hamburgo(RS), justamente para aprimorar a genética de seu pequeno plantel de somente quatro a cinco búfalas em lactação. “Com a genética mais pura, vamos adquirir mais campo para expandir”, revela.

Para a presidente da Associação Sulina de Criadores de Búfalos (Ascribu), Desireé Möller, o crescimento no número de inscritos e a qualidade da genética apresentada demonstra a vocação do Estado para ter no búfalo uma de suas forças econômicas no setor primário. “Os julgamentos foram excelentes, com animais que prometem melhorar muito os resultados das propriedades”, prevê. 

De acordo com o jurado Antônio Carlos Trierweiler, o investimento em genética feito pelos produtores é uma demonstração da resiliência do setor pecuário, que vem sofrendo com o achatamento nos últimos anos. “Esses animais são o caminho para a recuperação da atividade, pois a sua genética é capaz de gerar resultados aos produtores”, destaca.

Fonte: AgroEffective Assessoria de Imprensa