Macri e Bolsonaro querem “recuperar espírito” do Mercosul

O presidente da República Jair Bolsonaro, juntamente com seu colega argentino, Maurício Macri, concordam que o bloco do Mercosul precisa de algumas mudanças e irão tentar “recuperar o seu espírito comercial” e promover uma “limpeza ideológica”. Foi isso que informou o elpais.com.

Esta semana, o Paraguai anunciou que não haverá nenhuma eleição direta dos deputados do Parlasul, o órgão legislativo do bloco, criado em 2006, sendo que o presente grupo será substituído após o final de seus mandatos pelo Congresso Nacional. A ideia vai economizar dinheiro, mas também limitar um corpo discussão nem sempre responde às ordens do executivo.

“Argentina e Brasil [as duas principais economias do bloco] enxergam que o Mercosul começou como um projeto de integração económica e foi gradualmente transformado em um projeto de cooperação política. O que estamos vendo é uma tentativa de despolitizá-lo”, diz o argentino Federico Merke, diretor das carreiras de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de San Andrés.

O El País indicou que o Mercosul agora olha para a Aliança do Pacífico, o bloco comercial que inclui o Chile, a Colômbia, o Peru e o México e que, que opera sem estruturas fixas e pouca burocracia. A impressão dada ao Mercosul pelos governos de esquerda que dominaram a região durante a última década é agora vista como um empecilho para o desenvolvimento econômico, segundo o portal.

“Um upgrade do Mercosul implica mais custos e mais regras flexíveis para negociar acordos comerciais, ou seja, os países membros a assinar acordos com terceiros individualmente, e, finalmente, chegar em algum momento, para um acordo de comércio com a União Europeia” diz Merke.

Por: AGROLINK –Leonardo Gottems