Manutenção preventiva equipamento

Manutenção preventiva do equipamento de contenção é fator determinante para o sucesso da imunização contra aftosa

Boas condições do tronco garantem o sucesso da vacinação e no manejo do rebanho no curral

É chegada a hora de imunizar o rebanho. E, para que se obtenha o sucesso neste manejo, é preciso estar com todos os equipamentos e processos revisados, para não haver surpresas quando os animais já estiverem no curral.

Além do planejamento habitual de todos os procedimentos que serão realizados no processo de imunização, o pecuarista deve se atentar a um item que, muitas vezes, passa despercebido na fase de preparação, mas que pode impactar de forma negativa o cronograma de trabalho: a manutenção preventiva do equipamento de contenção.

“É muito simples entender a importância dessa manutenção. Podemos comparar a vacinação com uma viagem de carro, por exemplo. Quando precisamos fazer uma viagem longa, é sempre recomendado que se faça uma revisão no automóvel para evitar qualquer eventualidade. Em época de imunização, a lógica é a mesma quando falamos da manutenção do seu equipamento de contenção”, explica a gerente de comunicação e bem-estar animal e humano – BEAH e coordenadora do grupo, Carla Ferrarini.

A recomendação é que essa atenção especial aos equipamentos seja realizada sempre antes de períodos em que há grande fluxo de animais pelo produto, como em época de vacinação contra a febre aftosa, e inseminação, por exemplo. “Esse procedimento auxilia na maximização da qualidade do produto e, consequentemente, garante o melhor custo x benefício para a propriedade”, enfatiza Ferrarini.

O equipamento de contenção é uma ferramenta fundamental para a vacinação, especialmente para a que se inicia em maio, para a imunização contra a febre aftosa. “Os animais contidos, um a um, de maneira correta e individual, tornam o manejo muito mais seguro, tanto para o animal quanto para o vaqueiro, que está lá fazendo a atividade”, completa a gerente.

Ferrarini, ainda, acrescenta que, com o perfeito funcionamento do equipamento, é possível garantir a aplicação da dosagem correta da vacina, sem ter problemas de superdosagem ou subdosagem, que podem atrapalhar a imunização do animal.

“Além disso, a ocorrência de agulhas tortas ou quebradas também é muito menor e é possível confirmar a redução dos abcessos vacinais, quando conseguimos realizar a vacinação no local correto, que é na tábua do pescoço. Por isso, falamos que vacinar um a um dentro do equipamento de contenção é muito mais rápido, seguro e eficiente”, destaca.

Dentre os pontos que devem ser revisados estão as porteiras. A verificação deve apontar se elas estão abrindo e fechando com facilidade, pois, se identificado que uma única porteira não está funcionando de forma adequada, a manutenção é necessária para não atrasar todo o serviço.

A gerente, ainda, afirma que a contenção também deve estar limpa, lubrificada e com todas as peças funcionando corretamente. O mau funcionamento do equipamento pode comprometer todo o trabalho no curral, principalmente quando a eficiência na realização do manejo depende do animal estar bem contido.

“O ideal é que o produtor faça uma revisão completa no local em que será feita a vacinação, percorrendo o caminho por onde passa o gado. Dessa forma é possível verificar onde os animais podem se lesionar. Manter o piso limpo e seco também é uma medida simples que diminui bastante os riscos de acidentes”, afirma.

Eficiência no trabalho e prevenção de acidentes

A limpeza e manutenção do curral é uma prática que deve ser adotada no dia a dia do trabalho, pois vai além da questão estética, tendo em vista o importante papel na prevenção de acidentes e de transmissão de doenças.

“O curral é um local de grande concentração e movimentação de animais, portanto, há uma alta probabilidade de acúmulo de fezes e de formação de lama ou poeira. Com isso, é de extrema importância manter os espaços sempre limpos e evitar a formação de lama ou poeira, sendo recomendado realizar a limpeza e os reparos necessários logo após o término de cada dia de trabalho”, acrescenta Ferrarini.

Segurança na vacinação

No período da imunização, a atenção deve ser especial para a destinação de agulhas descartadas e frascos de medicamentos vazios, que devem ser acondicionados em recipientes que não colocam as pessoas e os animais em situação de risco.

“Esses materiais devem ser posteriormente encaminhados para os pontos de venda onde foram adquiridos, que são responsáveis pela sua destinação final. Adicionalmente, para maior eficiência na realização dos manejos no curral, deve-se dispor de estruturas que permitam armazenar os produtos e equipamentos em locais apropriados, de forma a assegurar a sua conservação e facilitar a realização do trabalho”, finaliza a gerente.

Fonte: Attuale