Mercado de defensivos cresce 18% no primeiro trimestre de 2023

Em comparação com o mesmo período do ano passado, evolução do setor foi impulsionada principalmente pela valorização e expansão da soja, avançando em áreas antes cultivadas com milho

O setor de defensivos agrícolas cresceu 18% no primeiro trimestre de 2023, comparado ao mesmo período de 2022, alcançando a marca de USD$ 6.1 bilhões em termos de valor de mercado. O novo relatório do Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal) aponta que o crescimento foi impulsionado principalmente pela flutuação cambial e pela valorização da soja, cuja participação neste total cresceu de 29% para 38%.

Mato Grosso e Rondônia, com 34%, seguidos por São Paulo e Minas Gerais (17%) e toda a área do MAPITOBAPA (Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia e Pará) (13%), foram os Estados que mais contribuíram para este volume.

Quanto à área tratada total com defensivos (PAT), os números do primeiro trimestre de 2023 sobre o primeiro trimestre de 2022 também apresentaram curva crescente (+13.4%), especialmente pela normalização do clima, o que favorece o surgimento e desenvolvimento de pragas. Nesta perspectiva, a soja novamente se destacou: cresceu de 33% para 37%. A título de comparação, a cultura do milho caiu de 41% para 31% em participação de mercado de defensivos e de 45% para 41% em área tratada.

“Interessante notar que estes números estão em linha com os últimos dados publicados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que mostrou que a produtividade da soja aumentou 15% na safra 22/23 em relação à safra 21/22”, diz Júlio Borges Garcia, presidente do Sindiveg. “Obviamente a produtividade cresce pela adoção de muitas tecnologias no campo, inclusive as tecnologias dos defensivos agrícolas. Afinal, são eles que permitem às plantas crescer e dar frutos, ao protegê-las do ataque e da proliferação de insetos, doenças e plantas daninhas”, explica.

Fonte: Thiago Tertuliano