Mesquite pode limpar solo com metais pesados

Metais como arsênico, cádmio e cobre são comuns em solos próximos às áreas de exploração da indústria de mineração, que podem ser altamente tóxicos para a flora e a fauna, mesmo para seres humanos que se alimentam de plantas e animais contaminados. Como solução para esse problema, um cientista da Universidade Autônoma da Baja California (UABC) propõe o plantio de uma variedade de mesquites que absorvem compostos tóxicos do solo e podem ser usados como alimento para o gado, sem afetar sua saúde.

O mesquite é uma planta leguminosa do gênero Prosopis encontrada no norte do México e Estados Unidos da Fronteira Estados Unidos-México no Texas até o sudoeste do Kansas e do sudeste da Califórnia e sudoeste de Utah até os limites sul do Deserto de Sonora. “A contaminação dos solos pelas minas a céu aberto ocorre no México e em outros países, razão pela qual são buscadas várias soluções. Por exemplo, nos EUA, eles usam como alternativa a semeadura do mesquite, e buscamos conhecer os mecanismos bioquímicos e as estratégias fisiológicas da planta para poder tolerar e acumular mais metais em seus tecidos”, diz o microbiologista e médico em toxicologia de plantas, Daniel González Mendoza.

Como resultado dos avanços no estudo científico, o especialista identificou que a espécie Prosopis glandulosa apresenta maior tolerância aos metais que a Prosopis juliflora, podendo ser recomendada como alternativa nos processos de fitorremediação. Da mesma forma, pode ser utilizado na reabilitação de solos contaminados por fertilizantes.

De várias ferramentas da fisiologia vegetal, o Dr. González Mendoza obteve informações sobre o que acontece na fotossíntese e na morfologia do mesquito na absorção de metais. Da mesma forma, da perspectiva bioquímica, ele analisou os processos da planta para saber quais enzimas são geradas.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems

Crédito: Marcel Oliveira