Missão italiana apresenta fundo europeu para tecnologias de baixa emissão de carbono

A Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) recebeu a visita de dois representantes italianos, Marco Foschini e Plaglizrani Fabrizio, da Associazioni Clust-ER Emilia-Romagna/Italia, vinculados ao Cluster Agrifood Nazionale (CL.AN). Os visitantes vieram ao Rio Grande do Sul interessados em estabelecer acordos técnicos de cooperação e apresentar resultados do fundo europeu Low Carbon e conhecer tecnologias com essa temática. O tour técnico iniciou dia 10 de dezembro, mas a visita à Empresa se realizou no dia 13, após conhecimento do Pelotas Parque Tecnológico.

Na Embrapa, os visitantes percorreram os campos experimentais da Estação Experimental Terras Baixas (ETB), localizada no Capão do Leão/RS, para identificação de trabalhos em desenvolvimento com as culturas de arroz irrigado e soja e ILP, envolvendo avaliações de práticas mitigadoras e emissões de gases de efeito estufa e potencial de sequestro de carbono no solo, além de agricultura de precisão.

Após, a missão italiana, acompanhada também por representantes do Irga/RS, do Pelotas Parque Tecnológico, da Secretaria de Desenvolvimento Rural de Pelotas, da Secretaria de Desenvolvimento do Turismo do RS (Sedetur), da UFPel e produtores locais, foi recebida pelo chefe-geral, Roberto Pedroso de Oliveira, assessores e chefias adjuntas, em sua sede, na BR 392, km 78.

“Após a realização desta reunião, já houve uma troca de dados e informações técnicas a respeito das temáticas de interesse dos parceiros, e eles estão motivados a realizar o acordo de cooperação, especialmente nas áreas de Agricultura de Precisão e Nutrição de Plantas”, confirmou Roberto Pedroso de Oliveira.

O CL.AN
O Cluster Nacional de Agronegócios de Tecnologia, o CL.AN é uma rede de atores-chave de toda a cadeia agroalimentar – uma parceria de empresas, centros de pesquisa e instituições criadas para promover o crescimento econômico sustentável, baseado em pesquisa e inovação na indústria e atuando como parceiro de instituições italianas e europeias. Ele possui três vertentes de atuação: tecnologias voltadas à segurança alimentar, tecnologias promotoras da sustentabilidade da cadeia alimentar agrícola italiana e tecnologias promotoras da saúde do consumidor, através do aprimoramento nutricional dos produtos alimentares tradicionais italianos.

Como surgiu no Brasil
O fundo Low Carbon está sendo implantando em duas lavouras, de arroz e soja, por ocasião do 1º Painel Internacional Brasil X Itália para o Desenvolvimento Econômico da Região Centro-Sul, que ocorreu em dezembro de 2018, em Camaquã, e foi organizado pelo Departamento de Desenvolvimento Econômico da SEDETUR. O projeto possui atualmente uma Base de Monitoramento em uma propriedade rural de Camaquã, onde há estudos para soluções tecnológicas para redução de custos e do impacto ambiental.

A segunda fase se concretizou com a realização das visitas técnicas realizadas neste momento no Brasil, nas secretarias estaduais, Tecnosinos e Institutos Tecnológicos, IRGA, Federraroz, Farsul, Embrapa, Câmara Setorial Temática/CST, Pelotas Parque Tecnológico, pesquisadores e entidades setoriais.

A missão italiana, além de Pelotas, passou por Cachoeirinha, Camaquã, Porto Alegre e São Leopoldo, entre os dias 10 e 14 de dezembro.

Fonte: Embrapa Clima Temperado Por Cristiane Betemps