A partir do peso individual de cada animal, é possível calcular o valor de compra, facilitando o planejamento financeiro da propriedade. Em testes internos, em média, o percentual de peso vivo variou entre 2% e 3%, já o ganho de peso oscilou entre 1,2 a 1,8 quilos diários, a depender da ração fornecida
A iRancho, ranchtech brasileira que tem como missão aumentar a rentabilidade e produtividade do pecuarista por meio de soluções digitais e que possui mais de 2 milhões de animais registrados em sua base, desenvolveu um módulo de confinamento que permite uma gestão mais completa de toda a fazenda, especialmente se o produtor faz recria e engorda ou ciclo completo.
Com este módulo é possível configurá-lo por baia ou ração, isto é, definir como será o ganho de peso dos animais, além de fazer a distribuição dos tratos de acordo com a realidade da fazenda e ainda configurar a leitura de cocho conforme as notas que são trabalhadas na propriedade.
De acordo com Thiago Parente, cofundador e presidente da iRancho, o produtor consegue cadastrar as baias de confinamento da fazenda e alocar os animais nas baias cadastradas, via movimentação dentro do próprio sistema ou via manejo. Nas baias é possível informar o ganho de peso previsto e também o peso previsto de abate.
“Dentro do módulo é possível cadastrar os insumos nutricionais utilizados e o sistema consegue informar a porcentagem de matéria seca desses insumos e calcular a matéria seca e matéria original na formulação da ração, o que torna possível informar o ganho de peso previsto para o alimento”, explica Parente.
A plataforma oferece ao produtor a possibilidade de cadastrar as batidas dos ingredientes utilizados e, automaticamente, o sistema vai dando baixa no estoque. Com o peso individual de cada animal, a partir do percentual de rendimento de carcaça e o valor da arroba, o sistema consegue calcular e definir o valor de compra para a entrada do confinamento, o que contribui com o controle financeiro da propriedade.
Ganho de peso
Parente explica que o módulo também fornece relatórios que o produtor pode utilizar para realizar os lançamentos de tratos conforme os valores previstos e calculados pelo sistema. “Além deste, existe um relatório de dados nutricionais para acompanhamento do confinamento na qual calcula os valores percentuais do consumo, matéria seca, matéria original e ingestão de matéria seca”, revela o presidente.
Dados como dias de cocho, data e peso previsto de abate, calculados a partir do GMD informado, também ficam disponíveis. Em testes internos, em média, o percentual de peso vivo variou entre 2% e 3%, já o ganho de peso oscilou entre 1,2 a 1,8 quilos diários, a depender da ração fornecida.
A adesão ao módulo de confinamento se dá via mensalidade ou anuidade, o que pode variar de acordo com o tamanho do rebanho do usuário.
Rastreabilidade por consequência
A plataforma da iRancho também oferece ao produtor rural um sistema gratuito de rastreabilidade bovina por consequência (patente depositada) chamado SafeBeef. A tecnologia possibilita que o pecuarista faça a rastreabilidade do rebanho, da fazenda e do produto. Toda essa informação fica armazenada em blockchain, onde as informações são imutáveis e assinadas digitalmente.
O objetivo final dessa ferramenta é permitir ao pecuarista que realize a venda dos animais juntamente com suas informações para a indústria. Já para o consumidor, o dispositivo possibilita a garantia de procedência do alimento, além de questões como sustentabilidade da produção, segurança alimentar e acompanhamento da vida do animal, a partir dos registros de manejos.
A solução tecnológica também é capaz de mostrar que os animais não foram produzidos em áreas embargadas ou desmatadas ilegalmente, por exemplo. Especialmente devido ao desmatamento ilegal da Amazônia e às constantes denúncias de organizações sociais, o SafeBeef surge como uma solução capaz de mostrar onde o animal percorreu com sua localização geográfica coletada automaticamente a partir da leitura do brinco de identificação.
Fonte: FirstCom Comunicação
