Na SciCrop, 25 hackers de dados nutrem o “Oráculo do Agro”

A agtech monitora em tempo real cerca de 300 algoritmos da cadeia do Agro com a SciCrop AgroAPI, solução de inteligência artificial com big data analytics e IoT, que reúne dados das empresas, de fornecedores, sensores e geoprocessamento com informações de 40 satélites.

– A SciCrop – startup de big data analytics para o agronegócio – possui hoje um dos profissionais mais disputados no mercado, o Cientista de Dados. Atualmente com 25 profissionais que trabalham como “hackers de dados”, a agtech é conhecida por conectar todas as pontas tecnológicas para cadeias do agronegócio e transformar dados em informações preciosas, além de prever (com base em dados, usando inteligência artificial, big data, analytics, IoT e machine learning) o que vai ou não acontecer na agricultura e pecuária e fazer uma análise de como isso impactará a cadeia do agronegócio.

Os dados da agtech são coletados diariamente de mais de 40 satélites e de diferentes plataformas e fontes de dados que falam sobre ESG, produtividade e quebras de safras, monitoramento de recursos, otimização da operação agrícola e pecuária, irrigação, consumo de água, impactos ambientais, informações geológicas, preços de produtos agrícolas, petróleo/diesel e dólar, entre outros. “São cerca de 1.2 trilhão de dados periódicos, que são integrados em sua plataforma de Analytics as a Service, e geram insights e previsões sobre impactos econômicos, e financeiros para a cadeia do agronegócio e indústria de alimentos”, conta José Damico, CEO da SciCrop.

SciCrop Agro API oferece análises preditivas e prescritivas que antecipam a visão do futuro

Os dados são parte da SciCrop AgroAPI, que já possui mais de 300 algoritmos que levam dados em tempo real e permitem otimizações e previsões para o mercado baseado em conhecimentos profundos de dados, data analytics e inteligência artificial. A SciCrop tem atendido empresas, associações e agroindústrias com plataformas de Agricultura Digital, que unificam os dados agrícolas de maquinário, aplicações, pragas, clima, etc. Inicialmente, isso garante ao negócio um menor risco de perda de dados estratégicos e oferece análises preditivas e prescritivas que antecipam a visão do futuro e permitem mensurar e agir contra os yield gaps (quebras de produtividade).

E ainda com os dados, na área de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG), a SciCrop faz a medição da sustentabilidade e do impacto de uma empresa no meio ambiente. A agtech tem se destacado ao prover APIs e módulos de geoanalytics que permitem criar Plataformas de Monitoramento Ambiental. Com isso, as cadeias correlatas ganham velocidade em acessar, armazenar e mensurar recursos e problemas ambientais a partir das imagens de 40 satélites e de radares. Adicionalmente, é disponibilizada uma vasta base de como os ativos ambientais estão registrados e quais riscos sofrem, seja de incêndios, desastres naturais, uso indevido do solo, entre outros.

Outro ponto forte da SciCrop é a gestão de garantias do agro apoiada em Big Data, IoT e Inteligência Artificial. “Em um planeta que precisa ampliar suas áreas produtivas e ao mesmo tempo assegurar a governança social e ambiental, a sustentação do agronegócio e da produção de alimentos passa fundamentalmente pela oferta e recuperação de crédito financeiro, assim como a securitização, com uma gestão de riscos mais capilarizada, remota e assertiva”, declara Damico.

Com soluções para bancos, cooperativas, tradings, seguradoras e revendas, a SciCrop oferece ao mercado uma plataforma de gestão de garantias e originação de crédito. Aplicando o estado da arte de machine learning, as soluções resultam em alta acurácia na mensuração e mitigação de risco de crédito, e na predição de inadimplência, sendo dentro ou fora da porteira.

A profissão de Cientista de Dados e os fundadores da SciCrop

Fundada por José Damico e Renato Ferraz, profissionais com ampla experiência em analytics, a SciCrop tornou-se especialista na formação de cientistas de dados. “Atualmente formamos nossos colaboradores, lançaremos o SciCrop Academy, cujo principal objetivo será gerar novos cientistas de dados para o mercado”, conta José Damico.

“O fato é que hoje não existe uma universidade de cientistas de dados e, de fato, qualquer profissional pode se tornar o data scientist”, afirma Renato Ferraz, cofundador da SciCrop e Chief Business Officer. “Temos aqui profissionais que eram físicos, outros engenheiros, pessoas formadas em tecnologia, computação e análise de sistemas e ainda os que fizeram agronomia. Sim, é necessário paixão por dados e algumas habilidades para transformar números em informações e dashboards relevantes para o mercado”, comenta. Para o executivo, os cientistas de dados são verdadeiros hackers e cada um tem sua especificidade. “Não existe um cientista de dados igual ao outro, mas todos são hackers de dados”, completa.

José Damico reúne habilidades tecnológicas extensivas, conhecimento profundo em segurança de dados e analytics e Renato Ferraz alia habilidades financeiras e administrativas/processuais para a SciCrop. A agtech, lançada em 2015, já possui mais de 50 grandes empresas como clientes e um diretório de mais de

E quais seriam as habilidades necessárias para se tornar Cientista de Dados?

“É necessário antes de tudo entender a vasta gama de tipos de fontes de dados, seus formatos, estruturas ou a falta delas. Depois é fundamental entender a frequência de atualização dos dados a serem analisados. De uma forma mais genérica, quem quer ser esse tipo de profissional precisa ser obsessivamente focado em entender como um conjunto de dados pode ser a chave para resolver um determinado problema.”, explica José Damico que diz que sua trajetória nasceu da paixão de como a tecnologia poderia explicar comportamentos de pessoas, empresas e do meio ambiente. Damico é profundo conhecedor de tecnologias de análises de dados, de satélites e IoT, é especialista em Linux e sistemas abertos, e sua principal área de interesse está ligada à computação distribuída e gestão do conhecimento por meio de agentes autônomos voltados ao agronegócio.

No entanto, o que o torna Damico um cientista de dados é que ele consegue extrair dados de forma inteligente, utilizando tecnologia e inteligência artificial de tal forma que qualquer executivo sem nenhuma habilidade tecnológica consegue compreender os dados e tomar decisões.

Renato Ferraz vem de um comprovado histórico de trabalho no setor de serviços financeiros, agronegócio e imobiliário. Traz como principal habilidades necessárias ao cientista de dados o olhar para a solução dos problemas e desenvolvimento de novos produtos. “O cientista de dados precisa entender qual é o desafio para conseguir pensar em trajetórias de soluções para o problema do cliente. É preciso mapear as aplicações do analytics e saber demonstrar todas as funções possíveis para o negócio”, enfatiza.

O planejamento de negócios, capacidade de avaliação de risco de mercado, experiência em gestão, desenvolvimento de produtos, estratégias corporativas, inovação, startups, tecnologia e transformação Digital, todas estas são habilidades que fazem parte das funções de Cientista de Dados na visão de Renato Ferraz. “Elas ajudam a trabalhar fortemente na trajetória dos clientes para desenvolvimento de novos produtos ou transformação digital dos clientes”, completa.

Fonte: Agência Prioriza