Nagro finaliza rodada série A com Kinea e Revolution

A agro fintech Nagro, fundada em 2017, acaba de finalizar uma rodada série A com participações dos fundos Kinea Ventures, da gestora Kinea, e Revolution, da gestora Oasis Ventures. No total, a startup já soma R$ 245 milhões captados em 2023 entre funding de crédito e equity, buscando se consolidar como uma ‘one stop shop’ de negócios e crédito para fornecedores de insumo e produtores rurais.

Os valores captados serão utilizados para investir na expansão das duas principais verticais, a análise e monitoramento de risco de crédito para empresas, com a plataforma AgRisk, e concessão de crédito através dos dois Fiagros já levantados. Ao todo, já foram desembolsados mais de R$ 300 milhões para mais de 5 mil produtores rurais, atendidos de forma 100% digital.

“Queremos ajudar a melhorar a qualidade do crédito concedido. Apoiar a indústria e os distribuidores a fazerem mais negócios com tecnologia e crédito inteligente. E principalmente apoiar os pequenos e médios produtores em todas as fases do seu negócio, desde operações de capital de giro de curto prazo até nos investimentos de longo prazo. Ao contrário de alguns players que se limitam a replicar modelos de crédito já existentes, a Nagro não vai competir em um oceano onde os principais bancos incumbentes já estão competindo. Essa é a diferença do ecossistema que estamos criando.”, diz Mateus Carrijo, CMO da Nagro.

Atualmente, mais de 500 mil produtores rurais já foram analisados pela plataforma AgRisk, cerca de 10% do mercado nacional, que segundo o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 5 milhões de produtores. O uso de dados para interligar a cadeia e reduzir distancias entre os pequenos e grandes produtores foi um dos diferenciados observados pela Kinea.

“Por oferecer soluções para os pequenos e médios produtores, a Nagro ajuda a fomentar uma parcela relevante da produção brasileira, democratizando o acesso ao crédito e reduzindo a assimetria de informações entre empresas e produtores. Além disso, o setor vem sendo um dos destaques do país e os processos de análise de risco são importantes para este crescimento sustentável”, destaca Philippe Schlumpf, gestor de venture capital da Kinea.

O fundo Revolution também comentou o investimento realizado. “Apoiamos a criação de algumas das fintechs mais revolucionarias do país. Somos muito seletivos para escolher nossas investidas e os fundadores reconhecem essa experiência, e acabam nos escolhendo por esse diferencial. Vai além do aporte e envolve o apoio que o investidor necessita”, diz Jader Rossetto, sócio do fundo Revolution.

A agfintech é comandada por uma equipe multidisciplinar que inclui o agrônomo e produtor rural Gustavo Alves; Leonardo Rodovalho, economista e produtor rural com anos de experiência em crédito rural; Vinicius Dutra, com uma carreira na indústria de telecomunicações e especializado em desenvolvimento de produtos de tecnologia; e Mateus Carrijo, empreendedor com histórico de venda e economista com MBA pelo Insper e FGV.

“A Nagro foi fundada por produtores rurais, para produtores rurais, por isso conseguimos nos diferenciar falando a linguagem deles e do mercado agro. O reflexo disso? A maior base de indústria, distribuidores e produtores rurais do mercado com uma fração do capital do que outros gastaram. Essa rodada de investimento não é apenas um voto de confiança na Nagro, é a convicção de que a transformação do agro começa do campo e não do escritório.”, completou Carrijo.

A concessão de crédito está atualmente pulverizada em 40 culturas distintas e mais de 2 mil municípios. Segundo os fundadores, a concretização da rodada série A também reforça a credibilidade da agfintech, com aportes de nomes importante do setor.

Fonte: Ovo Comunicação