Demanda puxa e mercado da soja volta a subir na Bolsa de Chicago nesta 4ª; China compra mais

Os preços da soja voltaram a subir na tarde desta quarta-feira (17) na Bolsa de Chicago e, por volta de 12h10 (horário de Brasília), os ganhos variavam entre 7 e 9 pontos nos principais vencimentos. Após começar o dia atuando com estabilidade, os futuros da oleaginosa retomaram seu fôlego e movimento de alta, levando o contrato novembro/16, referência para a safra americana, a US$ 10,14 por bushel.

Segundo informações de analistas internacionais, a demanda vem sendo a principal responsável pelo direcionamento das cotações. Afinal, mais uma vez nesta quarta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 398 mil toneladas de soja em grão da safra 2016/17 para a China, após o anúncio de ontem de 119 mil toneladas feito ontem.

O mercado segue acompanhando a disputa por espaço entre as informações da demanda e da nova safra dos Estados Unidos, entretanto, com dados já conhecidos pelos traders. Além de seguir no radar dos traders também as últimas previsões climáticas para o Meio-Oeste americano.

“A soja está trazendo ao menos um ligeiro suporte ao mercado de grãos hoje, com a forte demanda podendo silenciar a grande safra dos EUA”, diz o analista de mercado Bryce Knorr, do portal internacional Farm Futures.

E os últimos mapas indicam que , na próxima semana, as temperaturas ficam mais amenas, com mais algumas ocorrências de chuvas. Embora sejam bem vindas para boa parte do Corn Belt, em algumas regiões o excesso de precipitações já vem causando algumas inundações e exigindo mais atenção dos produtores. Além disso,essas condições de tempo têm ainda comprometendo, ainda ligeiramente, as atividades de embarque de grãos em alguns terminais e esse tem sido, de acordo com analistas nacionais e internacionais, fator de suporte para as cotações.

Os futuros da soja em grão encontram ainda força no bom momento do mercado do óleo na Bolsa de Chicago. O derivado avança diante da forte demanda, de problemas com a produção em importantes países como Malásia e Indonésia, além dos baixos estoques de óleos vegetais.

“reços do óleo e farelo sobem no mercado disponível com redução da oferta de derivados. Queda do esmagamento por falta de soja têm dado suporte aos preços”, informam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities em seu blog. Na Malásia, os futuros do óleo de palma subiam mais de 5%.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas