Fretes sofrem aumento de 1,5% e afetam agronegócio

Considerado um dos maiores vilões do faturamento do agronegócio em 2018, o tabelamento dos fretes deu mais um motivo de preocupação para os produtores. Isso porque o Diário Oficial da União publicou um novo aumento, que em média, encarece o transporte dos produtos em 1,54%. Esse aumento influencia diretamente no preço que chega aos consumidores.

“Esse aumento no preço mínimo do frete preocupa o setor, mas em contrapartida temos um avanço na colheita de grãos no país e, com isso, uma maior concorrência por esse serviço de frete. Isso pode amenizar o impacto dessa alta, que é de 1,5% em relação aos valores anteriores, fazendo com que não seja um peso tão grande para o produtor neste momento. Mas fato é que o produtor terá que ficar de olho para colocar esses novos valores na ponta do lápis, porque o custo de produção dessa safra já foi mais alto, uma vez que o câmbio para os insumos que foram comprados para essa safra que está sendo colhida é mais alto do que está sendo observado nesse momento. Os preços finais da soja que o produtor tem para vender estão mais baixos do que ele esperava.”

Mas nem tudo são notícias preocupantes. Começou recentemente, em regiões diferentes do país, o plantio do milho safrinha. Com alta expectativa com relação à produtividade e desempenho comercial, a safra pode trazer um alívio aos produtores.

“Apesar do alerta com relação à condição do clima para o desenvolvimento dessa segunda safra de milho no Brasil, nós vemos os trabalhos de campo começando com boas expectativas. Quem lidera os trabalhos de campo são Mato Grosso e Paraná, maiores produtores do país. E como tradicionalmente acontece, uma vez que o plantio de soja é antecipado, a colheita começa mais cedo do que em safra anteriores. Portanto, vemos o plantio da safrinha comando um pouquinho mais cedo.”

Fonte: Agência do Rádio Mais