Os compradores querem comprar a preços baixos e os vendedores querem vender a preços altos.
“Na verdade, os compradores querem comprar a preços baixos e os vendedores querem vender a preços altos. E aí está o impasse. Os compradores precisam repor os estoques consumidos durante o longo período de feriado e esperam fazê-lo a preços baixos (o equivalente à faixa entre R$ 32-35,00/saca, conforme a localidade)”, comenta.
Quanto aos vendedores, o analista informa que eles precisam limpar os armazéns, mas querem preços elevados (fala-se em R$ 40,00/saca FOB). “Só que se deve levar em conta que R$ 40,00 agora é bem menos lucrativo do que os R$ 40,00 em maio último (quando até chegou a R$ 42,00); basta lembrar as aplicações financeiras que poderia ter feito”, indica.
Além disso, a colheita da safra nova de soja, que deve começar em pouco mais de um mês nas regiões produtoras, pode funcionar nos próximos dias como fator de pressão sobre o milho disponível. Embora em algumas praças tenha sido observada valorização do cereal, a perspectiva é de que a necessidade de esvaziar os poucos estoques disponíveis acabe obrigando produtor a aceitar valor proposto pelo comprador.
“Assim, por enquanto as negociações seguem travadas, mas devem fluir mais conforme a soja amadurece no campo – levando-se em conta, ainda, que na maior parte das regiões produtoras o plantio foi feito dentro da janela ideal e o clima favoreceu o rápido trabalho de campo”, conclui.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems