Infocafé – 04/06

N.Y. finalizou a quinta-feira em baixa, a posição julho atingiu a mínima de -2,85 pontos fechando com -0,95 pts.

A moeda avançou 0,73%, cotado a R$ 5,1297. No exterior, os investidores avaliaram nesta quinta dados sobre os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos – que mostraram a nona queda semanal seguida. Também esteve no radar a decisão do Banco Central Europeu de expandir seu programa de compras emergenciais para a pandemia (PEPP, na sigla em inglês) em 600 bilhões de euros, para um total de 1,35 trilhão de euros. Nos últimos dias, o movimento de enfraquecimento do dólar tem sido global. Passado o momento de maior nervosismo da crise, a forte injeção de liquidez de grandes bancos centrais combinado com a reabertura econômica passaram a exercer uma pressão baixista sobre o dólar, que foi o ativo mais demandado do mundo no auge da crise, em março. No cenário local, a notícia de emissão de dívida soberana no mercado internacional pelo Tesouro Nacional endossou leitura de que há demanda por ativos brasileiros, reforçou o movimento de maior apetite por risco e de correção na taxa de câmbio nas últimas semanas. Além disso, o fluxo cambial ao Brasil tem melhorado nas últimas semanas, com o aumento da oferta de dólar dando saída para investidores que buscam reduzir posições contrárias ao real, movimento que alimenta a perda de valor da moeda dos EUA, destaca a Reuters. Apesar da queda expressiva do dólar — que já perdeu muito terreno desde que ficou a poucos centavos de superar o patamar de R$ 6 no mês passado –, analistas não descartam a possibilidade de volatilidade daqui para frente diante das tensões políticas locais, entre o Executivo e o Judiciário, e nos EUA, em meio a protestos contra o racismo e a violência policial. Analistas observam ainda que uma recuperação definitiva do real ainda é incerta diante de riscos negativos como a possibilidade de uma segunda onda de contaminações por Covid-19 e embates do lado político. Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim “Focus” do Banco Central. A projeção passou de queda de 5,89% para um tombo de 6,25% no ano. Já projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 ficou estável em R$ 5,40. Para o fechamento de 2021, subiu de R$ 5,03 por dólar para R$ 5,08 por dólar.

Fonte: Mellão Martini