Programa vai estimular participação do pequeno produtor na vigilância da sanidade

O presidente do Fundesa-RS, Rogério Kerber, anunciou durante palestra no Almoço de Ideias, evento virtual realizado pela Associação Comercial e Industrial de Santa Rosa, o lançamento de um projeto conjunto entre o Fundo, a Fetag-RS e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. O projeto prevê a instalação de computadores, conexão de internet e treinamento para funcionários dos sindicatos rurais de 55 localidades de fronteira do RS com o Uruguai e Argentina. Além disso, prevê a distribuição de material impresso aos produtores da região, com orientações sobre os programas sanitários no estado, abordando especialmente a responsabilidade compartilhada após a suspensão da vacinação contra a febre aftosa. O lançamento acontecerá em Santa Rosa no dia 7 de outubro. A iniciativa, acontece em paralelo ao Programa Sentinela, que prevê maior conscientização dos produtores e ações da SeapDR com o apoio de forças policiais para evitar o trânsito irregular de animais.

O Almoço de Ideias, realizado pela primeira vez em formato online, teve como tema “RS livre de aftosa: Desafios e Oportunidades em um novo mercado” e contou também com as palestras do presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo e do presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS, José Roberto Goulart.

Ernani Polo destacou os esforços do estado ao longo dos últimos anos para alcançar o avanço do status sanitário. “O Rio Grande do Sul será visto com outros olhos e vamos abrir o nosso leque de relações comerciais, que hoje somente Santa Catarina possui. Nossa imagem será outra para o mundo”, afirmou. O deputado também mencionou a credibilidade do Fundesa e de como o Ministério da Agricultura vê o fundo como exemplo para o país.

O presidente do SIPS, José Roberto Goulart, apresentou números relativos às vantagens comerciais que o estado terá com a suspensão da vacinação. “O horizonte é promissor para o crescimento da nossa produção industrial. E para essa atividade crescer, tem que aumentar a produção na propriedade, então será positivo para todos”, enfatizou. Segundo ele, com a aprovação do status internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, que é aguardada para maio do ano que vem, o estado passará a ter acesso a mais de 55% de mercados que hoje não pode se candidatar a participar.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, apresentou um histórico da evolução do trabalho de sanidade animal do estado, desde que o Fundo começou a atuar. Medidas como a informatização das inspetorias, o georreferenciamento das propriedades, a criação de uma legislação robusta e a capacitação e treinamento de técnicos do Serviço Veterinário Oficial, contribuíram com a solicitação de antecipar a retirada da vacinação no estado, prevista somente para 2023. “Não podemos olhar o que tínhamos em 1998 e pensar que é o mesmo Rio Grande do Sul”, finalizou.

Fonte: Thais D’avila