Pesquisador da Embrapa é novo adido agrícola do Brasil na Rússia

Após completar 35 anos de trabalho na Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), o pesquisador Antonio Alberto Rocha Oliveira parte para um novo desafio: assumir a função de adido agrícola da Embaixada do Brasil em Moscou. Engenheiro agrônomo pela Universidade de Brasília (UnB), Oliveira tem mestrado em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Ph.D. em Biologia Pura e Aplicada pela Universidade de Leeds (Inglaterra) e pós-doutorado em Fisiofitopatologia pela Universidade do Havaí (Estados Unidos). Ele pretende contribuir ainda mais para os avanços dos temas de interesse do agronegócio brasileiro. “Estou ciente que é um desafio profissional e pessoal, pois exigirá muitos sacrifícios principalmente de minha família. Ao mesmo tempo é instigante, porque o adido agrícola tem como tarefa principial identificar oportunidades de exportação para os produtos nacionais, ajudando o governo brasileiro nas questões de abertura e manutenção de mercados, corrigindo e antecipando eventuais problemas”, destaca.

Para se tornar adido agrícola e subsidiar os embaixadores brasileiros com informações qualificadas, principalmente em temas sanitários e fitossanitários, o profissional deve ter formação ligada à agricultura e experiência internacional. Entre as atribuições mais importantes estão: busca por melhores condições de acesso de produtos do agronegócio brasileiro ao mercado internacional; estudos de políticas agrícolas e legislações de interesse da agricultura do Brasil; monitoramentos de possíveis modificações nas políticas sanitárias e fitossanitárias de outros países; participação em eventos sobre assuntos de interesse do agronegócio brasileiro e acompanhamento de ações de cooperação na área agrícola, incluindo políticas brasileiras de combate à fome e de desenvolvimento rural.

Seleção
Concorreram 195 funcionários de carreira do Mapa e de órgãos vinculados, como Embrapa e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A seleção teve início com a publicação do edital, em 19 de dezembro de 2013, terminou com a designação final, em 24 de março de 2015. Foram três etapas. “A primeira selecionou os melhores currículos, valorizando as carreiras voltadas ao agronegócio, a formação acadêmica específica e a experiência profissional, principalmente em negociações internacionais e cargos relevantes anteriormente ocupados. Na segunda, houve prova de proficiência oral e escrita nas línguas estrangeiras necessárias para cada país. A etapa final incluiu redação e entrevista com a comissão de seleção”.

O pesquisador estava, desde 31/07/2014, cedido à Superintendência Federal do Mapa na Bahia  (SFA/BA), porém, até a data de sua nomeação, continuou desenvolvendo suas atividades na Embrapa Mandioca e Fruticultura. A cessão é exigência do Decreto nº 6.464/2008, que regulamenta o processo, e estabelece que somente pode ser designado adido agrícola o servidor público federal ocupante de cargo efetivo do quadro de pessoal do Mapa ou empregado do quadro efetivo de empresa pública ou de sociedade de economia mista federais, desde que cedido ao Mapa.

Os primeiros colocados no processo seletivo para cada uma das sete vagas foram treinados pelo Mapa e Ministério das Relações Exteriores, por meio do Instituto Rio Branco. Eles também participaram de atividades externas complementares aos cursos. “Nessa fase, participamos de um ciclo de debates envolvendo as lideranças da cadeia produtiva do agronegócio exportador, concluindo com trabalhos desenvolvidos em Rio Verde (Goiás), onde tivemos a condição de acompanhar os procedimentos de abate de bovinos, suínos e aves em frigoríficos da região”, explica.

De 4 a 13 de maio, os novos adidos terão treinamento operacional em Brasília sobre os sistemas de comunicação e de administração dos novos postos. Em seleção anterior, Oliveira havia se candidatado para a China, posto para o qual ainda ocupa a suplência, até a viagem para a Rússia, prevista para 20 de maio. A posse, em Moscou, deverá ocorrer dois dias depois.

Com informações da Assessoria de Comunicação Social do Mapa.

Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura