Pesquisador da Embrapa entra para o Hall da Fama da Citricultura

Eduardo Stuchi já trabalhou diretamente com pragas e doenças que foram grandes desafios da citricultura, como o declínio dos citros, o amarelinho, a morte súbita dos citros e, mais recentemente, o huanglongbing (HLB) ou greening.

Pela primeira vez em 24 anos, um pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa vai participar do Hall da Fama da Citricultura Brasileira, prêmio concedido pelo Grupo de Consultores em Citros (GConci), associação com sede instalada em Cordeirópolis (SP). Trata-se do engenheiro-agrônomo Eduardo Sanches Stuchi, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), que trabalha na Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (UMIPTT) Cinturão Citrícola, sediada na Estação Experimental do Agronegócio de Bebedouro (EECB), onde é diretor científico desde 2003.

A premiação vai acontecer às 15h desta segunda (26) durante a abertura solene da 46ª Expocitros e da 42ª Semana da Citricultura, eventos digitais realizados pelo Centro de Citricultura Sylvio Moreira do Instituto Agronômico (IAC) até o dia 29 de julho. Além de receber uma placa de homenagem, Eduardo Stuchi terá sua foto afixada no Hall da Citricultura, exposto na sede do GConci.

O prêmio anual do GConci é entregue a uma personalidade do segmento citrícola por seus esforços na busca da sustentabilidade da citricultura brasileira e que se destaca pelos relevantes serviços prestados para o fortalecimento do agronegócio e a valorização da consultoria.

Os mesmos critérios estão envolvidos na escolha para o Hall da Citricultura desde o seu lançamento, em 1997. Cada consultor pode indicar um nome e todos eles são apresentados numa reunião específica, com espaço para discussão, detalhamento e filtro dos nomes, para posterior votação e escolha.

Os indicados podem ser pesquisadores, citricultores, consultores independentes, extensionistas, políticos, industriais, empresários ou representantes de empresa de insumos.

“A escolha do nome de Stuchi foi unânime pelo grupo, que é bastante diversificado”, recorda Oscar Augusto Simonetti, consultor, presidente do GConci e um dos seus fundadores. “Stuchi é uma pessoa bastante competente, com uma experiência muito boa, que trouxe muita informação para a citricultura e que nos ajuda muito. Ele costuma atender bem todo mundo, nos recebe na Estação e leva para o campo para acompanhar experimentos e conhecer os resultados das pesquisas”, destaca.

Experiência

No caso de Stuchi, sua experiência está acumulada em 31 anos de atividade na EEAB, muito antes de prestar concurso à Embrapa, onde trabalha desde 2003. “Procuro atender a todo tipo de público da mesma forma e imagino que, ao longo do tempo, me tornei conhecido por ter apresentado muitas palestras e trabalhos científicos em eventos da área”, explica ele, ainda admirado com a premiação. “Foi realmente uma surpresa porque não tenho um convívio constante com a maioria do grupo, até mesmo por estarmos em regiões distantes do estado. Por isso, ter meu trabalho reconhecido foi ainda mais gratificante”, salienta.

Stuchi já trabalhou diretamente com pragas e doenças que foram grandes desafios da citricultura, como o declínio dos citros, a clorose variegada dos citros (CVC) ou amarelinho, a morte súbita dos citros (MSC) e, mais recentemente, o huanglongbing (HLB) ou greening. Atua também em manejo e tratos culturais e na seleção de cultivares de copas e de porta-enxertos, área em que se destaca pela adaptação e desenvolvimento de diversas cultivares já em uso comercial e várias outras registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC) do Mapa, que dentro em breve vão ser disponibilizadas.

Fonte: Embrapa