Produtor contabiliza perdas nos citros por causa do clima adverso

Embora a citricultura seja uma das tantas opções de diversificação, a produção ainda é tímida e, dado aos preços praticados que são insatisfatórios, retração do mercado e a incidência de pragas e doenças, como o cancro cítrico, fazem os produtores erradicarem os pomares e investirem em outras culturas. Dados do escritório municipal da Emater/RS-Ascar mostram esta diminuição. São200 hectares de laranja, mas já foi de 350 hectares, sendo 147 hectares comerciais. No caso da tangerina ou bergamota, já foram 80 hectares e hoje são 53 hectares comerciais e o limão, dos sete hectares existentes, cinco são comerciais.

Com uma área de 3,3 hectares de laranja umbigo e para suco, Édson de Brito, morador de Linha Herval, é um dos produtores que contabiliza perdas nas duas variedades. Brito calcula que na umbigo, as perdas já chegam a 30%, mas que podem ser maiores, e ainda, há a perda da qualidade das frutas, pois o clima não permite que elas completem o ciclo de desenvolvimento e maturação. ‘As frutas maturam precocemente e com isso, perdem a qualidade’, observa. Na laranja de suco, o produtor estima perdas que variam entre 10% a 15%. Além disso, há a questão do mercado que segundo Brito, está muito devagar, e isto ocorre porque tem uma boa produção de laranja umbigo em todo o estado, além dos consumidores estarem comprando menos frutas.

Fonte: FOLHA DO MATE

Imagem créditos: Paulo Lanzetta