Reação no ano faz carne suína ter evolução próxima do frango

Historicamente, os preços da carne de frango no mercado internacional evoluem de forma mais satisfatória que os da carne suína. Mas apresentam valorização inferior à da carne bovina.

Tomando como exemplo o que a FAO registrou em dezembro de 2019, comparativamente à média de 2000/2004 – igualada em 100 – o preço da carne bovina registrou incremento ligeiramente superior a 150%, enquanto a valorização obtida pela carne de frango não foi muito além dos 60%.

Já a valorização obtida pela carne suína tem ficado muito aquém das outras duas. Nos últimos 10 anos, por exemplo, a valorização alcançada pela carne de frango ficou, na média, 30% acima da obtida pela carne suína.

Mas, na marcha mais recente – após baixa em setembro, estabilidade da carne de frango no trimestre final de 2019, enquanto a carne suína segue em alta – a evolução de preços desta última agora se encontra muito próxima da registrada pela primeira. O registrado em dezembro, frente a uma variação pouco superior a 60% da carne de frango, foi uma valorização de quase 50% da carne suína. E esses índices tendem a se aproximar ainda mais no decorrer de 2020.

Isso, ressalte-se, não significa que as duas carnes tenham preços semelhantes: a suína vale muito mais. Mas a tendência natural era a de que, no decorrer do tempo, a diferença de preço existente fosse caindo paulatinamente.

O processo foi interrompido pela surto de Peste Suína Africana. Assim, ao invés de reduzir-se, a diferença de preços tende agora a aumentar. Mas, está claro, isso é temporário. Termina quando a China, principalmente, refizer sua produção de suínos. Ou, talvez, antes. Quando – ainda a China – aumentar sua produção de carne de frango, preenchendo a lacuna ora deixada pelos suínos.

Fonte: Avisite