Sazonalidade na oferta e maior demanda explicam alta dos alimentos

A menor oferta sazonal de tubérculos, raízes e legumes e o aumento da demanda por produtos como leite longa vida, arroz, ovos e limão explicam a alta dos preços dos alimentos em março, segundo avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O IBGE divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do governo.

Apesar da alta nos alimentos, o IPCA geral registrou em março alta de 0,07%, o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. O grupo Alimentação e Bebidas teve elevação de 1,13%, influenciada principalmente pelo comportamento da alimentação em domicílio, que subiu 1,4%.

Segundo Comunicado Técnico da CNA, o aumento da demanda se justifica pelo fato das pessoas permanecerem mais em casa com o distanciamento social como medida de prevenção ao coronavírus.

As maiores altas foram para tubérculos e raízes (14,1%), com destaque para a cenoura (20,39%), cebola (20,31%), tomate (15,74%), batata inglesa (8,16%). Ovos de galinha (4,67%), frutas (2,7%), leite longa vida (1,8%) e arroz (1,6%) também estão entre os produtos com maior elevação nos preços.

As carnes tiveram recuo no preço (-0,30%), terceira queda mensal consecutiva. Também houve queda em produtos como maçã (-3,1%), queijo (-0,55%) e feijão carioca (-1,29%).

A alimentação fora do domicílio também teve aceleração no IPCA, ficando em 0,51% no mês passado.

A CNA ressalta que, com o funcionamento normal da rede de abastecimento, os preços desses alimentos que subiram de preço já começaram a recuar.

“Na medida que ficou evidente que a rede de abastecimento está funcionando – uma vez que a produção, distribuição e venda de alimentos é atividade essencial – a demanda por esses produtos vem se normalizando, mas essa descompressão nos preços só será captada pelo IPCA de abril”, completa o Comunicado Técnico.

Fonte: CNA

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