Sementes Oilema completa 25 anos com novos investimentos em infraestrutura

Com as metas quase 100% atingidas, apesar do ano desafiador, e um investimento em andamento de cerca de R$32 milhões, em infraestrutura, para incrementar sua capacidade instalada já na próxima safra, a Sementes Oilema fecha o emblemático ano de 2023, o mesmo em que celebrou seus 25 anos de fundação, na região Oeste da Bahia. A Oilema produz sementes de soja e sua presença já se estende por 2,5% das lavouras plantadas com a oleaginosa no Brasil. A atuação da empresa se dá nos estados da Bahia, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Piauí e Goiás.

“Se o mercado sinalizar positivamente, a meta é avançar. Dentre todos os investimentos que precisamos fazer para isso, a prioridade está no aumento da capacidade de recepção e a secagem da matéria-prima”, explica Celito Missio, CEO da companhia. A estrutura de estocagem de sementes em câmaras climatizadas também será ampliada, devendo ficar cerca de 15% maior. “Este investimento é, principalmente, para garantir mais qualidade ao produto, pelo fato de viabilizar a retirada da matéria-prima dos campos de produção o mais rapidamente possível e no seu melhor momento”, detalha Missio.

“Estamos nos preparando, mas, se vamos de fato crescer, isso vai depender da demanda. Por enquanto, ela tem aumentado constantemente”, pondera o CEO.

De acordo com a Conab, a área ocupada com soja no país saiu de, aproximadamente, 44 milhões de hectares, na safra 2022/2023, para 45,3 milhões de hectares, em 2023/2024. A cada ano, o mundo precisa de um incremento de 12 a 15 milhões de toneladas de soja, não apenas para alimentar a população do planeta, que se aproxima de nove bilhões de pessoas, como para mover motores e turbinas, já que o grão também é matéria-prima de biocombustíveis.

Dentre os muitos fatores que resultam em alta de produtividade, a semente é fundamental. “Se ela falha, nem mesmo as melhores condições climáticas, aliadas ao manejo correto, vão adiantar. A tecnologia embarcada na semente é resultado de muito trabalho e investimento e é isso que permite ao Brasil ocupar o topo do ranking na produção mundial do grão”, ressalta Celito Missio.

Eficiência

Os investimentos da Oilema também visam a melhoria nos seus processos, com a substituição do software de gestão empresarial que usavam, por um modelo mais robusto de ERP, o Protheus, da TOTVS. A decisão mira garantir mais segurança, eficiência e integração, com melhorias no atendimento ao cliente. “A preocupação com o consumidor dos nossos produtos sempre foi uma prioridade, e um dado que confirma isso é que 89% da nossa base de clientes são de ‘recompra’, ou seja, já eram fidelizados. Isso significa confiança”, detalha o gestor comercial da Oilema, Paulo Levinski.

Governança

Os aprimoramentos na Oilema, em 2023, não se restringiram às instalações e sistemas. No período, a empresa reviu o seu próprio posicionamento e processos, implementando a governança, para assegurar a longevidade da companhia que, como muitas outras do agro, começou como um empreendimento familiar.

“Criamos um Conselho de Administração que estabelece regras claras e políticas de governança, definindo parâmetros em transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. Além de direcionar os nossos rumos, este passo dá mais segurança ao mercado e aos nossos stakeholders”, afirma Celito Missio.

O Conselho de Administração é composto por pessoas representantes das empresas integrantes da holding controladora (Irmãos Gatto Participações e Agro Santa Carmem Participações), além de dois membros independentes, convidados graças aos extensos currículos e conhecida trajetória no agro, como Arlindo Moura, ex-presidente da SLC Agrícola e ex-diretor da John Deere para a América do Sul, e o Professor Doutor Marcos Fava Neves, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Universidade de São Paulo (USP).

Novo campo

O choque de gestão pavimentou as bases para o novo posicionamento da Oilema, apresentado ao mercado em 2023. Segundo Celito Missio, a empresa criada por agricultores projeta um futuro ainda mais disruptivo, propondo-se a ser “A semente para o novo campo”. Ainda de acordo com Missio, o novo mote se alinha a uma história de inovação, que ajudou a redefinir os contornos do mercado de semente de soja no Brasil, com o lançamento, em 2010, de um produto que já nasceu quebrando paradigmas em qualidade, comercialização e pós-venda, a Oilema Supreme.

“Somos inquietos e trazemos a inovação em nosso DNA”, considera o CEO, lembrando que a Oilema Supreme foi a primeira semente de soja no Brasil a garantir germinação mínima de 95%. “Por conta dessa qualidade tão diferenciada, decidimos que ela não poderia simplesmente ser vendida por peso. Assim, a Supreme se tornou a primeira semente de soja do país a ser comercializada por unidade, revolucionando o mercado nacional”, diz.

Novos produtos

Recentemente, a Oilema agregou ao portfólio uma nova cultura, o sorgo, que, mais que valor comercial para o produtor, representa diversidade para a matriz produtiva. São três híbridos de alta performance, Oilema 1998, Oilema 1999 e Oilema 2010. “O sorgo é muito interessante para a sustentabilidade do sistema produtivo. Além de inserir mais uma fonte econômica, com a produção do grão, a cultura tem a vantagem adicional de gerar palhada pela a cobertura do solo e reciclagem de nutrientes.”, explica Paulo Levinski

Fonte: Catarina Guedes