Setor de alimentos prioridade na crise Covid-19

A Europa está decretando estado de emergência e irá atuar doravante sob as mesmas diretrizes da União Europeia. A Inglaterra não participa dessas decisões. Minha fonte europeia, Juliana Grazini da França, do setor de alimentos e agronegócios europeu, me informa sobre cinco setores que não podem parar: hospitais, farmácias, médicos, combustível e alimentos.

E sobre alimentos é nosso tema aqui. Onde houve desabastecimento dos supermercados, por exemplo, não foi por falta de comida na Europa, mas por restrições excessivas e barreiras para evitar entrada e saída de pessoas. Esse exagero restritivo terminou por prejudicar a logística dos alimentos, e eles não chegavam.

Um caminhoneiro brasileiro, que trabalha na Alemanha, O Benito me disse que ficou quatro semanas parado. Agora voltou ao trabalho, mas há um deserto nas cidades, e que também na Alemanha supermercados são considerados vitais.

Sobre o Brasil e o agronegócio, precisamos alertar nossas autoridades, a medida em que os rigores sobre os deslocamentos e a circulação cresçam no país, não podemos restringir o transporte, o movimento e a circulação dos alimentos. Se isso ocorrer, aumentaremos as dores desnecessariamente.

Humanos em confinamento não resistem com falta de comida. Precisamos garantir informação, transporte e reabastecimento dos supermercados. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), conversando com Márcio Milan, diretor executivo, me disse: “não temos motivos para corridas a supermercados. Temos comida no país e os agricultores seguem produzindo”.

A Hora do Agronegócio, hora das autoridades não restringirem o movimento, e a logística dos alimentos no país. Dos agricultores, com as agroindústrias e os supermercados, elos fundamentais para superarmos esta gigantesca crise.

Fonte: Jovem Pan Por José Luiz Tejon

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