O Sistema Famato/ Senar-MT participou do segundo encontro da Oficina Pecuária Sustentável realizada pelo Pontes Pantaneiras, realizado nos dias 15 e 16 de janeiro, em Campo Grande (MS). O evento visa promover o diálogo entre os produtores rurais da região, através de palestras e dinâmicas em grupo, dessa forma, debatendo a valorização da pecuária pantaneira e reforçar os seus diferenciais em relação a outras áreas do Brasil.
Na ocasião, o Senar-MT esteve representado pelo supervisor da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Marcelo Nogueira e da Famato o analista de Pecuária Marcos Carvalho e gestora do Núcleo Técnico Ambiental, Tatiana Monteiro.
O encontro, que teve continuidade de uma reunião realizada em julho do ano anterior, focou na busca por práticas de pecuária sustentável no Pantanal, uma vez que 90% da região são áreas privadas, sendo 83% conservadas. Também foi destacado a importância de estabelecer critérios e indicadores para mensurar a sustentabilidade da pecuária pantaneira, transformando esses dados em informações valiosas para a sociedade.
Conforme o supervisor da ATeG do Senar-MT Marcelo Nogueira destacou que é muito importante a participação da parte técnica da instituição nestas rodas de discussões para poder trazer a realidade da prática sob a óptica do produtor rural Pantaneiro, tendo em vista que acompanhamos 15 propriedades rurais inclusas no Bioma Pantanal desde 2019: “Atendendo mensalmente através da metodologia ATeG, aprendemos muito sobre a Cultura, costumes e práticas produtivas tradicionais com estes produtores que iniciaram a história da pecuária no estado há mais de 300 anos de atuação e conservação do Bioma”, disse Marcelo.
Conforme o supervisor da ATeG, foi um momento de troca muito importante para construção de políticas públicas para o Bioma. É sempre gratificante poder contribuir para história e permanência dos Pantaneiros em suas propriedades, produzindo e conservando o Bioma. Durante o evento, os participantes concordaram que, ambientalmente, as práticas tradicionais estão no caminho certo. No aspecto econômico, identificaram oportunidades de melhoria na produção, enquanto no social, ressaltaram a necessidade de enriquecimento da população pantaneira, beneficiando não apenas os fazendeiros, mas toda a comunidade local.
Alguns dos principais critérios de sustentabilidade estabelecidos incluem taxa de lotação adequada, manejo eficaz de pastagens, coexistência com a fauna, incentivo à cultura pantaneira, manutenção da paisagem, integração da produção e valorização da cultura local.
Ao final do encontro, os participantes realizaram uma atividade em grupo para iniciar a análise de indicadores que impulsionarão o processo de sustentabilidade. A definição completa será alcançada nas próximas edições da oficina previstas para março e maio de 2024.
Também marcaram presença no evento a Aliança 5P, Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO), Embrapa Gado de Corte, Embrapa Pantanal, Ministério Público Estadual e sindicatos e produtores rurais da região pantaneira.
Fonte: Imprensa SENARMT Unknown
