Soja amplia perdas em Chicago com interferência do petróleo que registra forte queda

O mercado da soja na Bolsa de Chicago opera em baixa nesta terça-feira (02). Depois de iniciar a sessão com uma já esperada reação nos preços, motivada pelo relatório de progresso da safra do dia anterior, os preços viraram.

Por volta das 13h40  (Brasília) as cotações da soja em Chicago ampliaram movimento de baixa e recuavam entre 6 e 7 pontos nos principais vencimentos.

Agosto/19 , por exemplo, trabalhava com 6,5 pts de queda negociado a US$ 8,83/ bushel . Setembro/19 trabalhava com recuo de 7,0 pts cotado a US$ 8,89 /bushel e o novembro/19 , referência de negócios para o produtor americano era negociado a US$ 9,02/bushel  com baixa de 6,25 pts.

No relatório de ontem o USDA informou que a 92% da área já foi semeada, enquanto na semana passada eram 85%. A média esperada pelo mercado era de 95%.

O Departamento americano também trouxe os índices de condições de lavouras mostrando 54% das lavouras em condições boas ou excelentes, ou seja, nenhuma mudança em relação à semana anterior. O mercado esperava um ligeiro avanço para 55%. Há um ano, 71% das lavouras de soja estavam em boas/excelentes condições. São ainda 35% dos campos em estado regular e 11% em situação ruim ou muito ruim.

Além disso, a germinação está bem atrasada nos campos americanos. De acordo com o USDA, cerca de 83% da safra emergiu, atrás da média para esta época do ano, de 95%.

No entanto, a falta de novidades e a pressão de outros mercados como petróleo, que recua nesta terça-feira, com preocupações de que a economia global possa estar em desaceleração pesando mais que o acordo da Opep e aliados, ipara estender cortes de oferta até março de 2020, acabam contaminando o mercado da oleaginosa. O petróleo WTI recuava 3%, a 57,33 dólares por barril, às 14h (Brasília).

Além disso, a semana tem o feriado americano de 4 de julho, dia da Independência nos EUA, e portanto, sem novidades, o mercado tende a ficar mais cauteloso nas movimentações. A divulgação de novidades sobre o acordo ChinaXEUA ( fato que ainda está distante dos radares dos investidores ) ou alguma mudança significativa no clima, como um período extenso de seca, por exemplo poderiam modificar o cenário.

Fonte: Notícias Agrícolas