Soja cai após compras chinesas menores que o esperado

Exportadores relataram vendas de 1,130 milhão de toneladas de soja para o país asiático

O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na quinta-feira (13.12) baixa de 13,00 pontos no contrato de Janeiro/19, fechando em US$ 9,07 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com desvalorizações entre 12,25 e 13,00 pontos.

O mercado norte-americano da soja registrou um dia de perdas nos principais contratos futuros, mesmo após a confirmação de que a China voltou a comprar um volume expressivo do grão norte-americano. “Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram vendas de 1,130 milhão de toneladas de soja para o país asiático. Embora tenha sido a nona maior venda diária já registrada pelos EUA, analistas esperavam um número bem maior, de até 10 milhões de toneladas”, observa a T&F Consultoria Agroeconômica.

Tomm Pfitzenmaier, da Summit Commodity Brokerage, confirmou que “houve uma certa decepção porque as compras chinesas anunciadas não foram maiores”, mas disse esperar, porém, que novas vendas sejam anunciadas.

De acordo com a Consultoria AgResource, a semana continua com altos movimentos especulativos, consequentes dos “tapas e beijos” da Guerra Comercial de Trump e Jinping: “Ao longo dos últimos dias, importadoras estatais chinesas anunciaram que comprariam volumes de entre 1 e 3 MT da soja dos Estados Unidos, mesmo com a vigência das tarifas de 25%.

A ARC lembra que, por se tratar de empresas do Governo chinês, poderá haver “brechas para a exclusão do pagamento da tarifa aduaneira no desembarque da soja norte-americana em solo asiático. Entretanto, os números de exportações atualizados hoje para os Estados Unidos trouxeram montantes preocupantes. Desde o início de setembro (começo do ano comercial 18/19) os estadunidenses venderam apenas 1,5 MT de soja para entrega na China, enquanto que no mesmo período em 2017 já haviam sido contratadas quase 17 MT para o mesmo destino”.

Fonte: Agrolink PPor Leonardo Gottems