Soja: Mercados do sul se encontram travados

“A alta de 1,54% nas cotações de Chicago, nesta quarta-feira, suplantou a queda de 0,93% do dólar”

Os mercados da soja na região Sul do País continuam travados, enquanto o do Centro-Oeste permanecem ativos na exportação. De acordo com o especialista Luz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, a alta de Chicago acabou suplantando a queda do dólar.

“A alta de 1,54% nas cotações de Chicago, nesta quarta-feira, suplantou a queda de 0,93% do dólar no Brasil e a queda do prêmio para embarques próximos (de $8cents para dezembro, suplantada pela alta de $ 10cents para fevereiro19, quando iniciam os embarques de soja brasileira de safra nova), fazendo a média das cotações nos portos subirem 0,45%, para R$ 82,55/saca, segundo a pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Com isto, a perda mensal de novembro foi reduzida para 3,72% nestas praças”, comenta.

Já no mercado interno, a pesquisa do Cepea indicou que o preço permaneceu praticamente estável, tendo oscilado apenas 0,01% positivo, para um valor de R$ 77,20. Na ronda dos estados, constatou-se que, no Sul a comercialização está também paralisada porque os preços oferecidos pelos compradores não entusiasmam os vendedores e também porque não há mais muitos lotes disponíveis.

“Estima-se que no RS, por exemplo, a disponibilidade de safra velha não ultrapasse 700 mil toneladas. Neste estado, o preço futuro atingiu R$ 83,00 sobre rodas no porto, mas os negócios não andam, porque os vendedores querem isto no interior; a diferença é o frete”, indica.

Já no MS foram negociadas cerca de 15.000 toneladas nesta quarta-feira, no mercado disponível, com preço ao redor de R$ 75,00 em Dourados. No mercado futuro foram negociadas cerca de 30.000 toneladas para 2019, com preços ao redor de R$ 70,00.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems