Tabaco segue sendo aposta contra coronavírus

Enquanto os médicos e as pesquisas tentam chegar a um tratamento contra a Covid-19, causada pelo novo coronavírus, uma empresa canadense acha que uma solução para a pode ser encontrada nas plantas de tabaco. Eles estão trabalhando em uma vacina para controlar o vírus a partir desta planta.

A Agrobacterium tumefaciens é uma bactéria do solo com uma habilidade única, ela pode infectar plantas injetando um plasmídeo (molécula circular de DNA) e fazer com que elas desenvolvam tumores. Esse modo de infecção o torna um patógeno importante e um risco significativo para a agricultura. Mas no final dos anos 70, os pesquisadores conseguiram desativar os genes que causam o tumor, tornando o plasmídeo uma maneira fácil de introduzir material genético estranho nas plantas.

Uma dessas técnicas é a infiltração transitória: em vez de alterar permanentemente o genoma de um embrião vegetal, os pesquisadores usam a bactéria para infectar as folhas de uma planta mais cultivada. O DNA estranho permanecerá ativo por alguns dias antes de desaparecer lentamente, sendo ativo por um período limitado de tempo. Essa técnica é chamada de agroinfiltração.

Quando a agroinfiltração é usada nas folhas de tabaco, a planta produz grandes quantidades de uma proteína estranha (por exemplo, humana) dentro de alguns dias. Se essa proteína é um anticorpo ou parte de um vírus, elas podem ser usadas para vacinação ou tratamento. Essa ideia é explorada pela empresa canadense de biotecnologia Medicago para produzir tratamentos para doenças como Ebola e gripe.

A empresa pretende usar a agroinfiltração para produzir partículas semelhantes a vírus. As partículas semelhantes a vírus são estruturas proteicas idênticas ao coronavírus do lado de fora, mas estarão totalmente vazias por dentro.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems

Crédito: DP Pixabay