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Um encontro para celebrar a liberdade e a comunicação

Marcos A. Bedin*

Praticamente todas as áreas da atividade humana estão impregnadas de mudanças e transformações, cada vez mais céleres e cada vez mais distópicas. Está difícil acompanhar essa ciranda de inovações, quanto mais compreender e assimilar. Um dos setores onde essas transformações eclodem em profundidade é a comunicação. Todas as profissões e atividades econômicas abrigadas sob o manto da comunicação social foram impactados – jornalismo, radialismo, publicidade, relações públicas, docência e administração de empresas do segmento.

Com o advento das mídias digitais e os canais ancorados na internet, todos se transformaram em emissores e receptores de conteúdos. Esse papel deixou de ser exclusividade dos jornalistas e das empresas ontem atuam – jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão, agências de notícias, portais e blogs especializados em informação. Como era de se esperar, a falta de compromisso ético e de formação profissional aliado a busca da vantagens ilícitas – tudo isso somado deu origem à profusão de fake news com objetivos econômicos ou políticos.

Crise econômica e esse tsunami disruptivo afetaram as empresas jornalísticas e todos os negócios da comunicação, criando desafios sem precedentes para a imprensa mundial. Apesar desse cenário desafiante, a sociedade parece ter consagrado a compreensão sobre a importância da liberdade de imprensa e o respeito à atividade jornalística como geradora de informação verificável, consistente, fiel aos fatos e relevante como insumo vital para a vida cotidiana dos cidadãos e das comunidades.

Atuando como um oásis nesse cenário de tensão entre inovação e competição, surgiu em 2007 o Encontro da Imprensa Catarinense com a inspiração  de um encontro entre veteranos e promissores novatos da comunicação para a celebração da liberdade de imprensa, a valorização de todas as profissões abrigadas sob o manto da comunicação social, o reconhecimento da comunicação como instrumento de justiça social e desenvolvimento econômico, cultural e político. Sob a égide da Associação Catarinense de Imprensa/Casa do Jornalista e MB Comunicação, o evento completa 15 anos com  apoio de instituições e empresas privadas, integrando todas as entidades de representação da comunicação barriga-verde. O palco é Chapecó, o  segundo maior polo de comunicação de Santa Catarina.

O ponto alto do encontro é a homenagem aos profissionais que completam 50 anos de atividade e continuam na ativa. Esses profissionais e empresários são alvos de homenagens, indicados e selecionados por um critério extremamente justo e objetivo: meio século ou mais de atividade em qualquer área da comunicação. Neste ano serão agraciados Imara Stallbaum, Mário Medaglia, Renei Roberto Popper e Quirino Ribeiro. É uma emoção e também um dever valorizar, cultuar e reconhecer esses homens e mulheres de cabelos brancos que tanta contribuição deram às suas comunidades, exercendo um jornalismo orientado pelo real interesse público e produzindo uma comunicação de qualidade. Esses veteranos oferecem aos jovens – que também participam do Encontro da Imprensa Catarinense –  uma oportunidade singular de integração e transmissão de conhecimento, mercê da experiência e da sabedoria que acumularam em décadas de trabalho. O respeitoso e produtivo intercâmbio entre gerações é uma das riquezas do Encontro.

Na oportunidade será prestada uma homenagem institucional à Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina. A OCESC tem um histórico de relacionamento respeitoso e produtivo com a imprensa e, além disso, é parceira na promoção do Prêmio ACI/OCESC de Jornalismo. A entidade completou meio século de história em agosto passado, contabilizando extraordinários serviços prestados ao desenvolvimento barriga-verde.

O evento tem o apoio oficial de importantes instituições catarinenses: FIESC, FAESC, FECOAGRO, FECOMÉRCIO, ICASA, Foz do Chapecó Energia, Unoesc, Unochapecó, Sindicarne, ACAV, Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop), CDL Chapecó, Unimed Chapecó, Sebrae/SC, Apti Alimentos, Vale do Sol, Sicoob MaxiCrédito, Gráfica Arcus, Hotel Lang Palace, Fort Atacadista, Inviolável, Produce, Nord Electric,  Boa Visão Imóveis e Dalla Cervejaria.

Envolve todo o trade comunicacional e tem o apoio das entidades de representação da comunicação catarinense: Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT), Associação dos Jornais do Interior do Estado de SC (ADJORI), Associação de Diários do Interior de SC (ADI), Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado de Santa Catarina (SINDEJOR), Sindicato das Agências de Propaganda (SINAPRO), Sindicato dos Jornalistas Profissionais de SC (SJSC) e Associação dos Cronistas Esportivos de SC (ACESC).

Uma sociedade democrática, livre e plural depende de jornalistas independentes e de imprensa livre porque a liberdade de imprensa é garantidora de todas as demais liberdades civis. Sem ela, prosperam a tirania e a iniquidade; sem  ela são sufocadas as artes, especialmente a literatura, o teatro e o cinema e, logo em seguida, a livre iniciativa empresarial.

É impossível imaginar o País passando pelas contemporâneas crises que nos espantam diariamente sem a presença e a ação dos meios de comunicação, apurando e denunciando, exercendo o verdadeiro papel de olhos e ouvidos da Nação e descortinando, cotidianamente, para o cidadão brasileiro como a corrupção e outras categorias de crimes podem empastelar o presente e inviabilizar o futuro.

Esses princípios e valores nós cultuamos anualmente na realização, em Chapecó, do Encontro da Imprensa Catarinense. É a mais autêntica e legítima manifestação de apreço e de valorização da imprensa livre.

Marcos A. Bedin, Jornalista, diretor da MB Comunicação e 1º vice-presidente da Associação Catarinense de Imprensa/Casa do Jornalista*

Fonte: MB

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