Vem La Niña pelo 3º ano consecutivo?

O fenômeno climático La Niña poderá ocorrer pelo terceiro ano consecutivo em 2022, aponta a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que é a agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com as previsões, o fenômeno deve durar, pelo menos, até o fim deste ano, provocando padrões climáticos como seca em alguns lugares e inundações em outros.

“As condições do La Niña envolvem um resfriamento em larga escala das temperaturas da superfície do oceano, que se fortaleceram no Pacífico equatorial leste e central. O aumento nos ventos alísios nas últimas semanas propiciou a situação”, afirma a agência da ONU.

Resultado de um resfriamento natural e cíclico de áreas do Pacífico equatorial, o fenômeno climático La Niña altera os padrões climáticos em todo o mundo. De acordo com o diretor-geral da OMM, Petteri Taalas, La Niña não significa que o aquecimento global está diminuindo, mas que essa influência desacelera temporariamente a subida das temperaturas globais, sem a garantia de que interromperá ou reverterá as tendências de alterações climáticas em longo prazo.

“É excecional ter três anos consecutivos com um evento ‘La Niña’”, avisou a ONU. O fenômeno climático é responsável pelo surgimento de furacões no Atlântico, menos chuva e mais incêndios florestais, atingindo a intensidade máxima no final desse ano e dissipando-se em meados do ano seguinte.

Para a agricultura mundial, a falta de chuvas tem sido “catastrófica” no Hemisfério Norte, ao provocar uma estiagem prolongada e um aumento sem precedentes nas temperaturas. Como resultado, a safra de milho europeia foi comprometida – assim como a norte-americana.

Por: AGROLINK – Leonardo Gottems