Venda direta facilita o acesso de agricultores às tecnologias de bioinsumos

Setor em expansão acelerada na agricultura nacional, o mercado de insumos biológicos movimentou 827 milhões de dólares na safra 2022/2023, o equivalente a 4,18 bilhões de reais, segundo estudo realizado pela CropLife e S&P Global. Com a exigência crescente por sistemas de produção e produtos mais sustentáveis, a expectativa é que o valor se aproxime dos 17 bilhões de reais, até 2030.

Voltados para o controle de pragas e doenças e promover o bom desenvolvimento das plantas, com consequente aumento na rentabilidade da lavoura, os bioinsumos têm utilidade indiscutível. Por outro lado, ainda há muitos desafios a serem superados, especialmente por agricultores de lugares com difícil acesso e mais distantes dos canais de distribuição. Sendo o Brasil um país com dimensões continentais, outra realidade enfrentada é a falta de informações e assistência técnica, inclusive quanto às orientações para o uso adequado das tecnologias.

Para superar esse gargalo, a catarinense Produce inovou ao levar para o agro a venda direta, um modelo de negócio que encurta a cadeia de vendas e faz chegar, ao agricultor, produtos de qualidade com preços competitivos. No formato colaborativo, a plataforma de vendas disponibiliza um portfólio amplo, com mais de 600 itens, planejados para levar produtividade e tecnologia para as lavouras, otimizando a performance no campo. Entre eles, uma linha completa de insumos biológicos.

O modelo de negócio criado pela Produce promove acessibilidade às tecnologias, entregando qualidade e assistência, conforme afirma o cofundador e vice-presidente da empresa, Guilherme Trotta. “Levamos bioinsumos e outras tecnologias, inclusive lançamentos, que muitas vezes não chegam a algumas regiões produtoras localizadas mais distantes. Nossa logística é enxuta e direta. O processo é fácil, eficiente e, acima de tudo, oferece qualidade no produto, na entrega e na assistência ao agricultor”, resume.

Para o engenheiro agrônomo, Renato Sakamoto, responsável pelo desenvolvimento de produtos biológicos na WIN, empresa especializada em pesquisa e biotecnologia, os bioinsumos são extremamente eficazes e devem ocupar nos próximos 10 anos cerca de 50% do mercado de proteção de cultivos agrícolas. “São sustentáveis e atendem a todas as culturas, da soja à cana-de-açúcar – as que mais utilizam – e ainda trigo, milho, feijão, café e pastagens, entre outras. Alguns bioinsumos, inclusive, podem ser utilizados por produtores com certificação orgânica, são os que chamamos de faixa branca”, afirma o engenheiro agrônomo. “Mas, assim como ocorre com outros insumos, é preciso saber tirar o máximo proveito de todas essas tecnologias”, completa o especialista no assunto.

Sakamoto cita, como exemplo, a conscientização do agricultor para a utilização correta dos produtos. “O bioinsumo, para ser eficiente, precisa ser manejado corretamente. Fatores como horário de aplicação, pH e volume da calda que ele está usando são muito importantes. Em muitas situações, uma boa explicação faz a diferença”, exemplifica.

Na Produce, os cerca de nove mil consultores, oferecem ao agricultor, em praticamente todo o território nacional, muito mais do que um portfólio diferenciado. Também chamados de ‘producers’, são profissionais com treinamento e capacitação, que ajudam o agricultor a identificar problemas, as necessidades que ele tem e a resolvê-los, entregando experiência e resultados positivos. Além do atendimento, lidam com o aplicativo em que são realizadas as comercializações. A avaliação de crédito e a cobrança são de responsabilidade da empresa, que também se encarrega da entrega diretamente no endereço do agricultor, sem outros intermediários.

Fonte: AgroUrbano Comunicação