2019 deve ser de equilíbrio nas exportações de soja brasileira

2018 foi um ano de recordes para a exportação brasileira quando o assunto é soja. Com a guerra comercial estabelecida entre China e Estados Unidos, quem se deu bem foi o produto brasileiro, que acabou tendo maior demanda. Para o ano que vem, no entanto, a orientação é que o produtor se mantenha atento.
De fato, 2018 foi um ano muito importante para o mercado de soja do Brasil. As exportações devem fechar o ano com números recordes, e devem superar 82,5 milhões de toneladas exportadas em 2018. Claro que o país foi intensamente favorecido pela guerra comercial entre chineses e americanos. O Brasil assumiu a liderança nas exportações de soja. E a China, como maior compradora do produto no mundo, acabou voltando toda a demanda para o mercado brasileiro. Agora, para 2019, nós devemos ter números menores. A Anec, Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, estima algo em torno de 74 milhões de toneladas para serem exportadas no ano que vem. Por que desta redução? Devemos ter um acordo entre China e Estados Unidos, com os chineses comprando parte dessa demanda no mercado norte-americano. Enquanto isso não se confirma, a nação asiática continua comprando aqui no Brasil.
Depois de dias mais chuvosos em áreas produtoras do Centro-Sul do Brasil, com precipitações que amenizaram a condição de lavouras de soja da safra 2018/19, que vinham sofrendo com uma seca severa, um novo período de chuvas de acontecer, mas com chuvas mais limitadas. Elas serão pontuais, irregulares e de baixo volume e que voltam, portanto, a preocupar os produtores. Isso não significa que não terão chuvas. Mas elas ocorrerão em formas de pancada, como é característico do verão. Os acumulados devem ser bem menores. Então atenção, pois as perdas nas plantações de soja e milho podem ser muito agressivas.
Fonte: Agência Rádio Mais