Agronegócio, impacto direto no PIB

Denise Campos de Toledo, nossa brilhante jornalista de economia da Jovem Pan, fez um comentário para nosso programa Hora do Agronegócio, extremamente oportuno e estratégico. A China e os Estados Unidos acertaram um acordo comercial para produtos agropecuários norte-americanos, onde neste ano deverão vender US$ 12,5 bilhões a mais do que já vendem e, no próximo ano, US$ 19,5 bilhões a mais do que vendem, quer dizer, são objetivos de vendas incrementais.

Mas Denise Campos de Toledo observou: “isso acontecendo, esses US$ 32 bilhões a mais de vendas norte-americanas para a China, tem um impacto positivo no PIB dos Estados Unidos de mais 0,3 pontos percentuais”. Ou seja, essa venda impacta positivamente o PIB americano em 0,3 pontos percentuais.

A observação da Denise é muito importante, pois não vemos aqui no Brasil nenhuma conta sendo feita e conectando sua relação com crescimento ou não do PIB, quando falamos de agronegócio e de acesso a mercados internacionais. As análises são sempre em torno da balança comercial, de pagamentos, a relação de importação versus exportação, mas nunca impactos diretos no PIB do país.

Então se perdermos mercados internacionais, vamos diminuir o PIB brasileiro, se crescermos em acessos aos mercados globais vamos impactar diretamente o PIB do país. Dessa forma, se passarmos ao invés de US$ 96,8 bilhões como em 2019, imaginarmos US$ 110 bilhões em exportações, quanto isso impactaria para cima o PIB brasileiro?

Sem dúvida, como já disse o presidente da Amcham, Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos, Luiz Pretti, os países que mais crescem no mundo são os que fazem o comércio de forma agressiva. O Brasil precisa crescer seu PIB a minimamente 4% ao ano e, para isso, o nosso agronegócio precisa e pode dobrar de tamanho. Como? Plano de negócios, cadeia produtiva a cadeia produtiva, diversificação de clientes, mercados e produtos, com resgate e política agroindustrial integrada ao campo.

A Hora do Agronegócio, exportações impactam diretamente o PIB do país, e com isso impactam a dignidade de vida da população brasileira.

Fonte: Jovem Pan Por José Luiz Tejon

Crédito: Reuters