Analise sobre imunização de mucosa das aves após vacina viva contra E.coli

Pesquisa foi publicada pela revista científica Comparative Immunology, Microbiology and Infectious Diseases

Um estudo realizado pela Zoetis em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e com o laboratório Imunova, foi destaque na última edição da revista científica Comparative Immunology, Microbiology and Infectious Diseases, editada pela Elsevier. “Essa é mais uma importante publicação no meio científico a se interessar pela divulgação de estudos conduzidos com uma das nossas mais importantes vacinas, o que nos alegra muito”, conta o médico-veterinário Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis.

Com o objetivo de verificar a resposta imune de mucosa das aves após aplicação de vacina viva, por meio de spray, para Escherichia coli (E. coli), a pesquisa trabalhou com uma população de 160 animais, do primeiro ao 25° dia de vida. Foram coletados materiais para análise aos 3, 7, 21 e 25 dias de vida das aves. “Nesse caso, a resposta local é fundamental, pois o sistema imune de mucosa é que mais contribui para a defesa do organismo contra esse patógeno”, explica Muniz.

Foram utilizadas várias ferramentas de avaliação do sistema imune nesse trabalho: quantidade de citocina, quantidade de anticorpo IgA, microbiota e citometria de fluxo (para determinar que tipos de células do sistema imune foram estimulados após a imunização).

O que o estudo demonstrou foi que a vacina viva contra a E. coli produziu resposta imune local e ainda realizou modulação da microbiota das aves, favorecendo a flora benéfica. “Esse é o motivo pelo qual as aves imunizadas com vacina viva apresentam melhor desempenho zootécnico – ganho de peso, uniformidade e boa conversão alimentar”, relata o especialista.

“A vacina viva aplicada por spray, além de estar alinhada às boas práticas de bem-estar animal, proporciona praticidade na granja e é uma proposta inovadora para lidar com esse antigo problema da avicultura”, finaliza Muniz.

Escherichia coli

A E. coli é responsável por perdas produtivas e prejuízos econômicos importantes em postura comercial, matrizes pesadas e frangos de corte. Presente no solo, na água, nas fezes e no próprio organismo da ave, a bactéria pode se manifestar com maior ou menor intensidade, de acordo a presença de genes de patogenicidade agravados com fatores de campo como estresse, má qualidade do ar, ambiência inadequada, doenças respiratórias etc.

Dentre as manifestações clínicas causadas pela E. coli estão onfalite, salpingite, peritonite, pericardite, aerossaculite, entre outras, além de a bactéria ser responsável por queda na produtividade, condenações de carcaças de frango, aumento na taxa de mortalidade e altos gastos com medicamentos terapêuticos.

Fonte: Ketchum