Argentina nega responsabilidade em “contaminação” da canola

O secretariado argentino da agroindústria negou qualquer responsabilidade pela presença de canola transgênica na França e na Alemanha. Na semana passada, a agência Reuters citou declarações da CEO da Bayer na França, Catherine Lamboley, sugerindo que a contaminação foi originada na Argentina.

Essa afirmação incomodou as autoridades argentinas, que divulgaram um comunicado dois dias depois. De acordo com este comunicado de imprensa, as autoridades do Instituto Nacional de Sementes (INASE) analisaram a canola importada pela Bayer da França, para a produção de contra-estação local. Naquela ocasião, eles encontraram a presença de sementes transgênicas e depois ordenaram a destruição das sementes contaminadas.

“Não é a primeira vez que a presença adventícia de canola transgênica é encontrada em sementes francesas, como aconteceu em 2015, quando sementes francesas foram importadas para o Reino Unido”, diz o comunicado oficial da assessoria de imprensa.

O INASE afirma que a produção local foi feita após a verificação da presença negativa de OGM. Mais ainda, antes de a exportação ser autorizada, uma possível contaminação por OGMs foi testada e o resultado foi negativo novamente. “Mas o processo de certificação foi concluído na União Europeia, onde foi feito o processamento final das sementes, sendo a Bayer responsável por qualquer mudança na qualidade das sementes enviadas da Argentina, incluindo a potencial contaminação com sementes transgênicas na Europa”, disse.

“Assim, rejeitamos declarações sugerindo que a contaminação por OGMs poderia ser originada na Argentina, (…) onde não existe fonte de possível contaminação”, acrescenta o comunicado de imprensa. De qualquer forma, o INASE decidiu suspender novas exportações de até que este incidente seja esclarecido.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems