Os visitantes da 12ª Feira Nacional da Bananicultura (Feibanana) terão a oportunidade de conferir os benefícios dos fertilizantes orgânicos, que serão foco no estande da Tera Nutrição Vegetal. O evento, promovido pela Abavar (Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira), será realizado no Centro de Eventos de Pariquera-Açu, de 14 a 17 de maio. A edição deste ano contará com a participação de Camila Telles, produtora rural, empresária, comunicadora e defensora do agro brasileiro.
“Nosso objetivo será mostrar os ganhos que os adubos orgânicos proporcionam no cultivo da banana, suprindo parte significativa das necessidades de nutrientes das culturas nas quais são empregados”, explica Fernando Carvalho Oliveira, engenheiro agrônomo e responsável técnico pelos fertilizantes da Tera Nutrição Vegetal. Esses compostos contribuem muito para a melhoria das características químicas, físicas e biológicas dos solos, aumentando a eficiência e aproveitamento dos insumos minerais, podendo reduzir seu consumo em até 50%, dependendo do manejo.
Os fertilizantes da Tera são sustentáveis, pois são produzidos a partir da reciclagem de resíduos orgânicos urbanos, industriais e agroindustriais, principalmente lodo de esgoto processado na Estação de Tratamento da cidade de Jundiaí. “O seu grande atributo está no conteúdo de matéria orgânica, substâncias húmicas, microrganismos, macro e micronutrientes”, ressalta o agrônomo.
Os benefícios apontados por Oliveira foram reiterados em estudo intitulado “Uso de composto orgânico no cultivo de bananeiras”, realizado pelo Dr. Edson Shigueaki Nomura, da regional de Pariquera-Açu da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O pesquisador é graduado em agronomia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, mestre pelo Instituto Agronômico e doutor pela Universidade Federal do Paraná. Seu trabalho comparou o desenvolvimento das bananeiras adubadas apenas com fertilizante mineral e as que receberam um composto misto, contendo também o produto orgânico da Tera Nutrição Vegetal.
Os resultados médios de dois ciclos de produção apontam as seguintes vantagens para as bananeiras adubadas com o composto misto em relação às que receberam apenas o fertilizante mineral: produção de oito toneladas por hectare maior (aumento de 13,1%); aumento de 7,7 quilos de massa fresca comercializável de banana por planta (13% a mais); pseudocaule 5,9% mais alto; e aumento de 15,4% no peso por fruta.
A banana é uma das frutas mais consumidas pelos brasileiros e seu cultivo está distribuído por todo o território nacional. Ocupa o segundo lugar em quantidade de frutas produzidas no País, sendo superada apenas pela laranja, e a terceira posição em área cultivada. Praticamente, toda a produção é destinada ao mercado interno, sendo exportado apenas 1%.
Com média de um milhão de toneladas por ano, São Paulo é o estado que mais cultiva banana, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE). Também é o único responsável pela exportação brasileira da fruta, que, em sua totalidade, sai da região do litoral paulista, particularmente do Vale do Ribeira. O Estado da Bahia é o segundo maior produtor, com 878,5 mil toneladas anuais. Seguem-se Minas Gerais, com 801,7 mil toneladas, e Santa Catarina, com 714,3 mil toneladas/ano (LSPA/IBGE).
O faturamento do setor é de aproximadamente R＄13 bilhões por ano, conforme informações da Embrapa. Os tipos de banana mais cultivados em terras brasileiras são as de mesa, como a prata, nanica, maçã e ouro. Cada bananeira produz de cinco a 15 pencas de uma só vez.
A bananicultura também desempenha papel social importante. A atividade é fonte de trabalho em toda a cadeia, desde o plantio da fruta até a venda nos supermercados, varejos e bancas. Gera 500 mil empregos diretos. Quase metade da sua produção vem da agricultura familiar.
Fonte: Larissa Souza dos Santos
