Originalmente do altiplano do sul do Peru, a batata é um dos alimentos que mais cresceu e ganhou popularidade mundial ao longo dos anos. De fato, hoje é possível encontrar parcelas, com diferentes escalas tecnológicas, dedicadas à produção de batatas nos cinco continentes.
Com uma produção mundial de cerca de 300 milhões de toneladas por ano, e sem perder de vista o fato de ser um dos alimentos mais populares no planeta, o cultivo da batata é afetado por infecções virais que causam perdas econômicas significativas. Tanto o vírus do enrolamento das folhas (PLRV) como o vírus do mosaico rugoso (PVY) são dois grandes inimigos que, se agirem sinergicamente, podem produzir perdas de rendimento de até 90%.
Nesse cenário, a melhoria das culturas implica a transferência de genes de um organismo para outro. Com o cruzamento tradicional, os milhares de genes pertencentes a uma planta são misturados aleatoriamente com os milhares de genes do seu cruzamento.
Durante este processo as características desejadas são transferidas, mas traços indesejados também podem ser transferidos. Por exemplo, a nova planta pode produzir tubérculos maiores, mas com um sabor desagradável, que não tinha antes. Então, a engenharia genética aplicada ao melhoramento de plantas permite que um único traço desejado seja transferido de um organismo para outro.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems