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Brasil e o agronegócio: a poucas décadas de assumir a liderança global

*Por Phillippe Rubini

O recente recorde de adesão do agronegócio brasileiro no mercado internacional reflete claramente o potencial que o Brasil possui nesse setor. Esta conquista não apenas evidencia a competência e a capacidade dos produtores brasileiros, mas também reforça a perspectiva de que, em um futuro promissor, iremos nos consolidar como líderes na exportação agropecuária.

Segundo uma análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram um recorde em 2023, totalizando US$ 166,55 bilhões. Esse valor representou um aumento de 4,8% em relação a 2022, equivalente a US$ 7,68 bilhões a mais. Esses números sugerem que a estimativa para este ano é ainda mais otimista.

Por isso, a meta estabelecida pelo governo brasileiro na COP de se tornar um dos maiores países em exportação agropecuária é ambiciosa, porém factível. O Brasil possui características únicas que o posicionam de forma privilegiada no cenário global, como sua extensa área cultivável, recursos naturais abundantes e clima favorável. Além disso, a expertise e a inovação dos produtores brasileiros têm constantemente impulsionado a produtividade e a competitividade do setor.

Para consolidar essa posição de liderança, é crucial aproveitar oportunidades estratégicas, como a iniciativa da Rota da Seda, que oferece um potencial significativo para expandir os mercados de exportação brasileiros, especialmente para países da Ásia e do Oriente Médio. Já os investimentos em infraestrutura, como a criação de novas ferrovias e modernização dos portos, são essenciais para reduzir os custos logísticos e aumentar a eficiência da cadeia de suprimentos.

No entanto, tão importante quanto explorar oportunidades externas, é garantir um ambiente interno propício para o investimento e o crescimento sustentável do agronegócio. Isso inclui a criação de segurança jurídica e financeira, tanto para investidores nacionais quanto estrangeiros. Os investidores precisam de garantias de que seus direitos serão respeitados e que poderão operar de forma segura e lucrativa no Brasil.

Também destaco que a facilitação da aquisição de terras por investidores estrangeiros é uma questão delicada, que requer um equilíbrio entre atrair investimentos e proteger os interesses nacionais. É possível e desejável permitir que investidores estrangeiros contribuam para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, desde que isso seja feito de forma transparente e responsável, sem comprometer a soberania nacional sobre nossos próprios recursos naturais.

Além disso, acredito que o agronegócio brasileiro está em uma posição única para se tornar líder global em exportação nas próximas décadas. No entanto, para alcançar esse objetivo, é necessário enfrentar uma série de desafios e aproveitar oportunidades estratégicas. Com investimentos em infraestrutura e um ambiente de negócios favorável, o Brasil pode se consolidar como uma potência agropecuária e garantir um futuro próspero para o país e seus produtores.

*Phillippe Rubini – Sócio, CIO e Corporate Affairs do Grupo Fictor.

Fonte: Giovanna Miranda

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