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Como manter sua vacada embalada na transição

Por Thiago Martins Pivaro*

A pecuária de corte nacional tem sido desafiada a estabelecer sistemas de produção cada vez mais eficientes e produtivos, buscando assim uma diminuição dos custos de produção, proporcionando um aumento da rentabilidade do sistema.

Entretanto, se analisarmos os principais indicadores médios da atividade da cria em nível nacional, podemos afirmar que ainda somos pouco eficientes e temos grande oportunidade de melhora, sendo que o manejo nutricional do rebanho de vacas ao longo do ano produtivo é um dos principais fatores que afetam esses baixos índices, pois a produção de bezerros no Brasil quase que em sua totalidade está pautada na produção a pasto, e este, varia quantitativamente e qualitativamente ao longo do ano, principalmente devido a fatores climáticos como precipitação, temperatura e radiação solar.

 A maior concentração de vacas de cria está localizada na região Centro-Oeste do Brasil, onde a estação de monta normalmente ocorre de outubro a fevereiro, podendo variar de acordo com as condições climáticas de um ano para o outro.

Assim, esses bezerros serão desmamados de março a julho, momento em que as forragens tropicais apresentam diminuição de produção de massa, florescimento, queda na fração proteica e aumento da lignificação da fração fibrosa insolúvel, fatores esses responsáveis por prejuízos no consumo, digestão e consequentemente desempenho dos animais.

Após a desmama dos animais, temos o melhor momento para a recuperação do escore corporal das vacas quando necessário, já que tiramos uma das principais demandas de energia extra da vaca que é a produção de leite, assim a preocupação com o manejo nutricional das vacas nesse período de transição águas-seca é imprescindível para que as vacas construam um bom escore corporal para o momento da parição e tenham um retorno mais rápido da ciclicidade pós-parto. Aliado a isso, esse período de transição também coincide com o terço médio de gestação onde a restrição de nutrientes contribui para uma redução do número total de fibras musculares durante o estágio de desenvolvimento fetal e isso pode causar efeitos fisiológicos negativos que persistem por toda a vida do animal.

Assim, torna-se necessário fornecer suplementação adequada aos animais de acordo com o desafio imposto para cada categoria da cria no período de transição, seja um suplemento mineral aditivado, mineral ureado, suplemento proteico de baixo consumo e até mesmo suplemento proteico energético, buscando corrigir as deficiências de nutrientes impostas pelo período de transição, maximizar o consumo de matéria seca e a digestibilidade da forragem. Sendo assim, a condição básica para que tenhamos um desempenho satisfatório no período de transição é que tenhamos uma boa oferta de forragem, mesmo sendo de média qualidade e um plano de suplementação bem definido de acordo com as metas a serem alcançadas.

Portanto, a adoção de tecnologias, como a utilização da suplementação estratégica no período de transição proporciona uma melhora do escore corporal das vacas prenhas, um maior aporte de nutrientes para um bom desenvolvimento fetal no terço médio de gestação e um retorno mais rápido a ciclicidade pós parição das vacas, contribuindo assim, para uma melhora no sistema produtivo da cria e consequente aumento da rentabilidade da atividade.

Thiago Martins Pivaro*, Consultor Técnico Regional para Bovinos de Corte da Cargill Nutrição Animal.

Fonte: Cargill

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