Coréia do Sul confirma primeiro surto de peste suína

A Coréia do Sul divulgou nesta terça-feira seus primeiros casos de peste suína africana, tornando-se o último país afetado pela doença que matou porcos da China à Coréia do Norte, o que elevou os preços da carne suína em todo o mundo. Foi confirmado que cinco porcos encontrados mortos em uma fazenda em Paju, cidade perto da fronteira inter-coreana, foram infectados com o vírus, disse uma autoridade do Ministério da Agricultura de Seul.

“Neste momento, é muito cedo para confirmar se o caso se originou no norte”, acrescentou o funcionário. O ministro da Agricultura de Seul, Kim Hyun-soo, disse que 3.950 porcos de três fazendas em Paju seriam abatidos.

O país elevou seu alerta de doença animal ao nível mais alto e uma proibição nacional de 48 horas ao movimento suíno foi emitida, acrescentou. O vírus não é prejudicial aos seres humanos, mas causa febre hemorrágica em porcos, quase sempre fatal. Não há antídoto ou vacina e a única maneira conhecida de impedir a propagação da doença é a eliminação em massa da população afetada.

Os casos confirmados no sul ocorreram cerca de três meses depois que Pyongyang disse à Organização Mundial de Saúde Animal que dezenas de porcos haviam morrido da doença em uma fazenda perto da fronteira chinesa, segundo o Ministério da Agricultura. Em junho, Seul disse que era “muito provável” que a doença entrasse no país a partir do norte e ordenou que as cercas fossem erguidas ao longo da fronteira para evitar possível contato entre porcos e javalis.

A febre suína já se propagou pela China, onde vive quase metade de todos os porcos do mundo, e já foi confirmada também na Coreia do Norte. No Japão, o contágio ainda não foi confirmado, e o Ministério da Agricultura do país pretende tomar medidas rigorosas para evitar a entrada da doença.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems