Em Goiás, mais de 60 mil hectares tiveram utilização de pó de rocha  

Prática auxilia safra de verão 2020/2021, resulta em melhoria da qualidade da nutrição das plantas e também regenera o solo

Após semanas de correções e preparação do solo, diversas culturas devem ser implantadas na safra 2020/2021. Os principais plantios serão de soja, milho, cana-de-açúcar, reforma de pastagens e produção de silagem para alimentação animal. A aplicação de remineralizadores, também conhecido como pó de rocha, já ocorreu em pelo menos 60 mil hectares do Estado de Goiás.

As aplicações em lavouras já foram realizadas, mas a atividade de rochagem continuam em pastagens, frutíferas e florestais. Isso porque a média é de 40 dias antes do plantio para que o material consiga disponibilizar nutrição para as plantas. Entre os principais resultados alcançados com a utilização, estão o investimento em raízes – que fica perceptível o incremento no tamanho – volume e desenvolvimentos de raízes secundárias (as radicelas).

Também tem sido observada maior resistência às pragas e doenças devido ao alto teor de silício do pó de rocha. Além de remineralizar e condicionar o solo, o FMX (Fino de Micaxisto) proporciona um ambiente favorável ao crescimento e desenvolvimento de microorganismos benéficos que são fundamentais para uma agricultura sustentável.

Mestre em agronomia e especialista em fertilidade do solo e nutrição de plantas, Saulo Brockes afirma que a estimativa de Goiás ultrapassa 60 mil hectares com uso de uso de pós de rochas e remineralizadores. “Incluímos nesta lista culturas de grãos, sementes, frutíferas, florestais, hortícolas, forrageiras e já se estende o uso do FMX também em confinamento de gado, onde os produtores visam produzir o próprio insumo dentro da fazenda. São utilizados dejetos de animais do confinamento adicionando o FMX e criando aí um organo-mineral dentro da fazenda”, pontua.

Brockes pontua que a produtividade não é o único ponto em questão, mas ressalta a importância da sustentabilidade e rentabilidade na atividade agrícola. Ele justifica que para atingir uma boa produtividade é preciso que o manejo seja planejado com antecedência para que sejam feitas todas correções necessárias no solo, atendendo aos critérios que a planta exige.

“Quando falamos em pós de rocha e remineralizador em longo prazo estamos falando de regeneração, equilíbrio, aumento da capacidade de retenção do carbono no solo, melhora da capacidade de troca de cátions (CTC) e a capacidade de retenção de água (CRA), além da contribuição para a bio-ativação do solo”, finaliza.

Fonte: Assessoria Tracto