EUA vai reforçar etanol de milho na “guerra” contra a China

Apesar de Trump querer investir no etanol, muitas vezes acabou esbarrando em órgãos como a EPA

O governo dos Estados Unidos anunciou que vai reforçar a produção de etanol de milho para tentar se sair melhor na guerra comercial que está travando contra a China. A decisão foi tomada porque o governo norte-americano acredita que e o etanol pode render muito mais e ser melhor aproveitado.

De acordo com Jim Talent, ex-congressista republicano do estado de Missouri, o presidente Donald Trump tem o poder de não ceder ao que chamou de “retaliações da China”. Segundo ele, Trump quer investir no etanol, mas por muitas vezes esbarra em órgãos como a Agência de Proteção Ambiental (EPA).

“O presidente Trump apoiou fortemente o etanol a caminho da Casa Branca. Os líderes rurais ficaram intrigados quando a EPA tentou contabilizar o volume exportado de etanol como parte do mandato doméstico. Este esquema, que a Casa Branca acabou bloqueando, teria impulsionado as refinarias de petróleo, cujo lucros já estão disparando, para cortar mais de um bilhão de galões do mercado doméstico de etanol”, comenta.

Nesse sentido, Talent afirma que é o setor agrícola quem está sofrendo mais com o preço das commodities e não o setor de combustíveis. Segundo ele, como o cenário é totalmente desfavorável ao produtor rural, o presidente e a EPA deveriam concentrar todos os seus esforços para auxiliá-los ao invés de pensar primeiramente nas refinarias de petróleo.

“É a América agrícola e não o petróleo que está sofrendo hoje, principalmente devido aos baixos preços das commodities. Trump agora pode ajudar os agricultores ao aprovar as vendas da E15 ao longo do ano. A EPA parece se concentrar em ajudar os refinadores de petróleo, mesmo que isso signifique prejudicar o etanol, assim como o governo chinês está trabalhando contra os agricultores americanos. Eleitores rurais estão esperando e esperando. O presidente Trump e os líderes republicanos no Congresso não deveriam decepcioná-los”, finaliza.

Fonte: Agrolink/Por Leonardo Gottems

Crédito Imagem: Domínio Público/Pixabay