Governo dos EUA destinará 12 bi para auxiliar agricultores

O Secretário de Agricultura norte-americano, Sonny Perdue, anunciou nessa terça-feira (24.07) que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) irá adotar diversas medidas a fim de auxiliar os produtores rurais que estão sofrendo com as tarifas impostas pelos chineses contra os produtos agrícolas. A medida foi autorizada pelo presidente Donald Trump e pode ser considerada uma estratégia de contenção de danos a curto prazo.

Em comunicado, Perdue afirmou que essa é uma forma de proteger os agricultores norte-americanos enquanto o governo trabalha na elaboração de acordos comerciais para ampliar seus mercados e melhorar a competitividade de seus produtos a longo prazo. De acordo com ele, o USDA investirá um total de US$ 12 bilhões em programas que ajudarão os agricultores a cobrir os prejuízos gerados pelas taxações, que foram  estimadas em US$ 11 bilhões.

“O presidente prometeu não dar as costas para os fazendeiros e fazendeiras americanos, e ele sabe da importância de manter nossa economia rural forte. Infelizmente, os produtores agrícolas dos Estados Unidos estão sofrendo injustamente com o impacto das práticas comerciais ilegais da China. Os programas que estamos anunciando hoje ajudam a garantir que a agricultura de nosso país continue alimentando o mundo e inovando para atender à demanda “, garantiu ele.

Uma das medidas implementadas é um programa de facilitação de mercado, que foi autorizado pela lei de Commodity Credit Corporation (CCC) e será administrado pela Agência de Serviços Agropecuários(FSA). Através dele, a FSA fornecerá pagamentos extras a produtores de soja, sorgo, milho, trigo, algodão, laticínios e suínos, os ajudando a lidar com as mercadorias exedentes e a expandir seus negócios para novos mercados.

Além disso, o FSA também ficará responsável por desenvolver um programa de promoção comercial em parceria com o setor privado com o objetivo de aumentar a exportação de produtos agrícolas do país. Por fim, o USDA também deverá implementar um plano de compra e distribuição de alimentos para adquirir o exedente inesperado das commodities afetadas pelas taxações, como é o caso de frutas, nozes, arroz, legumes, carne bovina, carne suína e leite, os transferindo para bancos de alimentos.

A previsão é de que os agricultores norte-americanos possam começar a se increver nesses programas a partir de setembro.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems

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