O algodoeiro é atacado por diversos patógenos que podem causar perdas econômicas expressivas a cultura caso não sejam controlados em tempo hábil. Os monitores de campo são fundamentais nas avaliações da incidência e severidade das doenças que incidem sobre a cultura, principalmente a mancha de ramulária, causada pelo fungo Ramularia areola, atualmente a principal doença da cultura. Portanto, é importante que:
► Os monitores sejam rigorosamente treinados para identificar e quantificar adequadamente as doenças e pragas do algodoeiro;
► Os monitores conheçam a área a ser cultivada:
♦ Histórico da área
- Tipos de solo;
- Culturas cultivadas anteriormente;
- Sistema de plantio utilizado;
- Ocorrência e incidência de doenças e pragas.
♦ Variedade de algodoeiro a ser cultivada.
Monitor de campo capacitado é fundamental para que a tomada de decisão da utilização de fungicidas seja adequada para o controle de patógenos e que não cause perdas econômicas ao produtor.
Quando e como controlar
Quando:
Cultivares suscetíveis: a mancha de ramulária deve ser controlada preventivamente ou no aparecimento dos primeiros sintomas, que consistem em pequenas lesões de coloração branca, de formato angular e aspecto cotonoso na face inferior da folha.
Cultivares tolerantes/resistentes: os sintomas da mancha de ramulária podem aparecer, porém a doença não se evolui drasticamente. O controle deve ser realizado principalmente no fechamento das entrelinhas do algodoeiro.
Como:
Cultivares suscetíveis: o controle deve ser efetuado com base no monitoramento da lavoura e deve ser feito com fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Atualmente existem 98 produtos registrados para o controle da doença. Recomenda-se uma aplicação de fungicida no fechamento das entrelinhas do algodoeiro e a rotação dos princípios ativos dos produtos.
Cultivares tolerantes/resistentes: recomenda-se, pelo menos, uma aplicação de fungicida no fechamento das entrelinhas do algodoeiro. O monitoramento da lavoura deve ser realizado por monitores de campo treinados na identificação dos sintomas da doença.
Fonte: Redação Agrishow Por Luiz Gonzaga Chitarra e Alderi Emídio de Araújo – pesquisadores da Embrapa Algodão