Infocafé – 23/08

A bolsa de N.Y. finalizou a segunda-feira com leve alta, a posição dezembro oscilou entre a máxima de +2,15 pontos e mínima de -1,50 fechando com +0,35 pts.

A moeda norte-americana encerrou o dia estável, cotada a R$ 5,3802. No exterior, o índice de atividade de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro recuou em julho, de 60,2 pontos, para 59,5 pontos em agosto, mas ainda se manteve acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, de acordo com dados divulgados pela IHS Markit. Já o PMI composto de agosto nos EUA caiu a 55,4 pontos em agosto, de 59,9 em julho, recuando a uma nova mínima de oito meses. O PMI industrial caiu para 61,2 pontos, de 63,4 pontos em julho, enquanto o PMI de serviços recuou a 55,2 pontos, de 59,9 pontos da leitura anterior. Ambos ficaram abaixo da expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de manutenção a 63,1 pontos e queda a 59,4 pontos, respectivamente. Por aqui, os economistas do mercado financeiro aumentaram a estimativa de inflação em 2021 pela vigésima semana seguida, para 7,11%, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira. Ao mesmo tempo, também reduziram a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano para 5,27%. Para 2021, o mercado baixou a previsão de alta do crescimento da economia 2,04% para 2%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5,10. Para o fim de 2022, ficou estável em R$ 5,20 por dólar. Foi mantida também a previsão para a a taxa Selic ao final de 2021, em 7,5% ao ano. A disparada do dólar nos últimos dias tem sido influenciada pela escalada da tensão política e preocupações com o cenário fiscal doméstico, além da expectativa de os EUA podem cortar estímulos antes do esperado. O cenário político brasileiro tem pesado no mercado de câmbio e de ações, com agentes financeiros cada vez mais preocupados com o risco de interesses eleitorais prevalecerem sobre a racionalidade econômica e equilíbrio das contas públicas. Na semana passada, a votação da reforma do Imposto de Renda foi adiada, não houve avanços em relação à PEC dos Precatórios e o presidente Jair Bolsonaro seguiu atacando ministros do STF, mantendo elevada a tensão entre os Poderes.

Fonte: Melão Martini