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Inspiração para toda a vida!

Por RAFAELA SCAION*

Quem te inspira no agro? Para muitos, a família é a base da motivação e, muitas vezes, o amor ao agro é como uma sementinha plantada em nós. Essa sementinha vai crescendo e impactando nossas escolhas. A partir disso, não temos mais dúvidas. A nossa essência é o campo e nosso amor, é o agro!

Por que você escolheu o agro? Durante nossa vida, somos rodeados por pessoas que nos inspiram a tomar decisões e fazer escolhas tanto na vida pessoal, quanto na carreira. Hoje, iremos conhecer e nos inspirar com um breve relato sobre amor e dedicação ao campo.  

Cláudia Fernandes de Queiroz é nascida e criada em Rio Verde – GO. Atualmente, é Assistente Jurídico Ambiental na SEMMA – Secretaria Municipal do Meio Ambiente, membro da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás – Faeg Jovem Rio Verde, membro da UBAU – União Brasileira dos Agraristas Universitários e agroinfluencer. É acadêmica de Direito do 9° período e de Agronomia no 5° período. É formada em Gestão Ambiental e Rural, possui técnico em Agropecuária, e formação em Holding Familiar Rural. Na Faeg Jovem Rio Verde, Cláudia auxilia diretamente em todos os projetos que são desenvolvidos pelo grupo, tanto os técnicos quanto os sociais. No cargo de coordenador, quem atua é o Lucas Pinto, vice é o Andriéli Freire, 1° e 2° secretários são o Eberton Carlos e a Daiane Peres. O tesoureiro é o Heitor Fonseca.  Atualmente, Cláudia faz parte da equipe de marketing sob a coordenação da Marielle Martins Vieira. 

Desde de menina, Cláudia se inspirava muito em seu pai e avô. Seus avós moram na fazenda há mais de 60 anos e foi onde criaram seus filhos. Tanto a pecuária quanto a agricultura são áreas que inspiraram Cláudia em sua formação no agro e também no amor pelo ramo. Sua raiz pertence ao agro, segundo ela comenta. Contudo, por um período de sua vida, Cláudia conta que chegou a “fugir” de sua vocação. Porém, não teve como continuar fugindo por muito tempo! Em seu caso, foi o agro quem a escolheu, já que vem de sua essência. Cláudia entendeu que não adiantaria fugir disso, pois era mais forte, era e continua sendo amor. 

Para Cláudia, quando o assunto são desafios, ela diz que precisou entender e aceitar que era capaz de dominar e coordenar a gestão rural, ou até mesmo, montar e empreender no agronegócio, mesmo sendo mulher.   

“Busquei influências e inspirações de mulheres e homens no agro, sempre em busca de parcerias. Com isso, fui adquirindo conhecimento e experiência que me permitiram quebrar essa muralha dentro de mim chamada: ‘Medo do fracasso’. Quem não arrisca não petisca, né?”

Meu avô que possui a idade e a sabedoria de 100 anos, costuma dizer: “Conhecimento nunca é demais! E o estudo, ninguém pode nos tirar!”. Obviamente, a vida é uma escada em construção e sei que sempre haverá coisas novas para aprender. Acredito que aí se encontra a chave da autorrealização: não ter preguiça de ir em busca de aperfeiçoamento.  

“Ninguém cresce na vida ou na carreira de um dia para o outro. Creio que seja preciso ir construindo o castelo pedra por pedra, e montar uma base forte para jamais ser rompida. Sempre surgirão obstáculos, mas para tudo existe uma solução.”

Segundo Cláudia, seu pai sempre foi e sempre será seu molde quando o assunto é conquista e inteligência. Com muita emoção, Cláudia relata que seu pai não estudou Agronomia ou outra área agrária e que muitas pessoas têm um certo preconceito com isso, pois acreditam que não é possível que um produtor(a) rural ou gestor(a) rural consiga ter sucesso no campo sem uma graduação ou curso técnico. Porém, ela pontua que quando a pessoa quer de verdade se desenvolver, ela consegue. E foi assim com seu pai, servindo de grande inspiração para ela. Cláudia também considera seu avô como um grande exemplo de vida. Para ela, seu avô era um excelente administrador na fazenda e, ao relembrar mais momentos de conquistas familiares, Cláudia conta que seu pai já atuou como superintendente de grãos de uma grande Cooperativa Rural no Sudoeste Goiano, sendo motivo de muito orgulho a ela. Cláudia relembra que quando procurou se aprofundar mais na parte agrária, ela achava que seria extremamente difícil. Mas, segundo ela, não foi. Ela declara que vê as mudanças no mundo e uma dessas mudanças é o quanto a mulher está conquistando cada vez mais seu lugar no agro. As mulheres, segundo Cláudia, deixaram de ser apenas a “esposa”, “filha”, “neta” ou “sobrinha” do produtor rural. Atualmente, essas mesmas mulheres são gestoras e donas de grandes negócios rurais. Para Cláudia, basta ir atrás de conhecimento e capacitação e, com muita alegria, foi exatamente o que ela fez. Foi em busca de conhecimento, se capacitou e, atualmente, reconhece que essas ações geraram grande êxito, visto que faz parte de grupos extremamente responsáveis na evolução do setor agrário no Brasil. 

Antigamente, Cláudia imaginava que apenas os homens filhos, netos e sobrinhos poderiam tocar uma fazenda ou dar continuidade na gestão da família rural, independentemente de qual fosse o ramo. Hoje em dia, ela confessa que mudou a sua forma de enxergar isso. Para Cláudia, as filhas, netas e sobrinhas também podem se interessar em dar continuidade nas atividades no campo, mostrando que são extremamente eficazes e competentes, além de possuírem o toque feminino da delicadeza. Afinal, há o cuidado e atenção que somente as mulheres possuem por nascença, auxiliando em qualquer atividade em que as mulheres se envolvam. O mercado é amplo! Não apenas as sucessoras, mas muitas mulheres, às vezes sem nenhuma raiz no campo, estão se destacando na criação de novas empresas no setor ou assumindo altos cargos em empresas renomadas no agronegócio. Cláudia pontua o fato de que diversas profissionais como agrônomas, biólogas, médicas veterinárias e zootecnistas entre outras, estão abrindo portas para mais mulheres entrarem no agro sem medo. 

Segundo ela, se Cláudia pudesse ser resumida em uma frase, seria esta: “Sou um ser espiritual, nascida mulher e com a essência no agro! Estou vivendo uma experiência material incrível.” 

“Eu não persigo, eu ATRAIO tudo o que eu quero!” – Cláudia Fernandes de Queiroz. 

RAFAELA SCAION*, Engenheira Agrônoma, pós-graduada em Administração e Negócios (Unoeste).

Fonte: Agro Mulher

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