Live sobre cadeia produtiva do leite aborda dificuldades do setor

Debate contou com a presença de representantes dos principais estados produtores de leite na busca de ações que visem garantir competitividade a pequena produção.

Em live realizada nesta segunda-feira (6), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) debateu a cadeia produtiva do leite. Com mediação da deputada federal Aline Sleutjes (PSL-PR) e participação dos produtores: Rafael Herman (RS); Anselmo Pivatto (PR); Gislaine Dracena (SP); Airton Gottem (RS); Paulo Cruz Martins Junqueira (MG) e Thiago Rodrigues (GO) foram tratados assuntos relacionados à situação de cada estado em relação a produção de leite, bem como a possibilidade de propor um plano de apoio ao setor.

Atualmente a cadeia produtiva do leite conta com mais de um milhão de estabelecimentos produtores, desde o agricultor familiar, passando por pequenos, médios e grandes produtores. A produção de leite conta ainda com 20 milhões de pessoas vivendo desta cadeia produtiva, fazendo do Brasil o 3° maior produtor de leite do mundo.

Mas ainda assim, a cadeia leiteira vem enfrentando sérias dificuldades por conta dos altos custos na produção em consonância com a falta de políticas públicas que atendam o segmento, conforme destaca a deputada federal, membro da FPA, Aline Sleutjes, ao afirmar que tais problemas “têm gerado cada vez mais uma inviabilidade na atividade leiteira”. Segundo a deputada, “tal situação coloca em risco o sustento de milhares de produtores e o fornecimento de um produto de tamanha importância na alimentação dos brasileiros”.

Gislaine Dracena relatou a dificuldade em produzir com qualidade e eficiência dentro de uma cadeia onde a produção é extremamente cara. “Eu vejo que uma das coisas que poderiam estar ajudando os pequenos produtores a estar fomentando a sua produção é a utilização das cooperativas”, sugeriu Gislaine.

Já Anselmo Pivatto ressaltou que “no Paraná os produtores familiares precisam de mais eficiência na instabilidade dos preços e custo de produção mais barato”, enquanto Rafael Herman destacou que o produtor rural do Rio Grande do Sul enfrenta a dificuldade com custo de produção, problemas com a seca e a necessidade de políticas públicas de incentivo.

Para Herman “a inexistência destas ações é o principal gargalo, precisamos delas para normalizar a cadeia”. De Minas Gerais, Paulo Cruz ressaltou a importância de políticas públicas no setor: “precisamos de linhas de créditos, energia de qualidade, estradas e menores taxas de juros na produção”.

Representando os produtores do estado de Goiás, Thiago Rodrigues enfatizou que a forma de comercialização do leite tem que mudar. “Não existe uma comercialização mais desumana ou escrava que a nossa, você entrega o leite e recebe 25 dias depois sem saber o preço”, criticou Thiago dizendo ainda que “temos que tentar mudar isso”.

Por fim, Airton Gottem, do Rio Grande do Sul, falou sobre a importância de soluções rápidas para equilibrar a cadeia leiteira. “Temos que tirar a burocracia para fazer a máquina funcionar e beneficiar todos os produtores.”

Fonte: Frente Parlamentar da Agropecuária

Crédito: DP Embrapa